
Mãe e filha denunciam intolerância religiosa em Iracemápolis
Duas mulheres, mãe e filha, de 47 e 26 anos, denunciaram quatro pessoas por ameaça e intolerância religiosa no Jardim São Sebastião, em Iracemápolis. O caso foi encaminhado à Polícia Civil de Limeira após as vítimas, praticantes de religiões de matrizes africanas, solicitarem ajuda à GCM local.
No boletim de ocorrência registrado pela delegada Andréa Levy, na tarde de sábado, as vítimas relataram que trabalham em uma clínica veterinária, onde a filha atua como responsável técnica. Na noite de sexta-feira, a mãe teria ouvido três mulheres conversando em frente à clínica, sendo que uma delas teria afirmado que “mataria aquela veterinária [palavrão]”.
Um quarto suspeito, comerciante e proprietário de um depósito de bebidas, teria saído de sua loja e rido junto com as mulheres. Em determinado momento, uma das autoras teria alertado os amigos para tomarem cuidado, “pois as entidades iriam puxar o pé deles”. Assustada, a mulher fechou o portão da clínica e acionou a Guarda Civil Municipal (GCM).
O registro menciona que medidas cautelares foram impostas ao comerciante em favor da mãe da vítima, embora não esclareça a relação entre ambos. O homem alegou que a determinação judicial havia sido revogada, enquanto a mulher afirmou que as medidas foram convertidas em cautelares. O caso foi resolvido no local, e as partes foram liberadas.
No sábado, as vítimas encontraram uma carta na entrada da clínica, que aparentava ser um documento trabalhista. O papel continha a expressão “Oxalá te abençoe” escrita, acompanhada de uma marca de batom. Segundo a mãe, a caligrafia seria de uma das pessoas que conversavam na porta da clínica na noite anterior. Ela também expressou preocupação com a segurança da médica veterinária, que recentemente passou por um procedimento cirúrgico. Novas medidas cautelares foram solicitadas.
Comentários
Compartilhe esta notícia
Faça login para participar dos comentários
Fazer Login