Idosa com deficiência visual morre na frente de casa no Jd. Nova Suiça
Ela tentava atravessar a rua quando foi colhido por um carro; condutor disse que vítima estava em ponto cego do veículo
Um atropelamento fatal foi registrado em Limeira, na tarde desta quarta-feira, dia 16, no Jardim Nova Suíça. Silvana Aparecida Fuzatto, de 61 anos, saiu de casa e tentou atravessar a rua João Batistella quando foi atingida por um Honda Civic dourado, com placas de Limeira, conduzido por um comerciante de 26 anos. O acidente ocorreu a poucos metros da casa da vítima, que era deficiente visual e tinha apenas 20% da visão. O condutor do carro tem um lava rápido a poucos metros do local do acidente e mora na região do Jardim Antonio Simonetti. A ocorrência mobilizou equipes das polícias Militar (PM), Civil e Científica e do Departamento de Trânsito da Prefeitura.
Testemunhas correram ao posto de saúde, que fica a menos de dois quarteirões do local, para buscar ajuda médica. Uma equipe da Prefeitura deu os primeiros atendimentos à mulher, mas ela não resistiu. O médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi ao local, mas constatou o óbito. A irmã da vítima, ao ver Silvana caída, teve um mal súbito e precisou de amparo da equipe do posto.
Em depoimento à policiais civis ainda no local, o rapaz, bastante assustado, disse que descia a rua Vereador Samuel Berto, sentido posto de saúde e fez a rotatória existente no cruzamento para acessar a Rua João Batistella. Ao contornar a rotatória, ele alegou que só ouviu a pancada e que, imediatamente, parou o carro. Ao retornar, encontrou a mulher bastante ferida.
O delegado Francisco Lima também esteve no local e afirmou que iria registrar o caso como homicídio culposo. A autoridade policial disse que o motorista estava assustado com a situação e que não apresentava sinais de embriaguez. Ele é habilitado e o documento do carro está regular. A autoridade também chamou a atenção para a sinalização de solo do local do acidente. Há pinturas que indicam a presença de uma rotatória, mas não há nenhuma estrutura para delimitar o contorno. O trecho é um declive e há reclamações de alta velocidade.
A Gazeta não conseguiu localizar nenhuma testemunha ocular do acidente, mas um comerciante da região alegou que ouviu a pancada e acreditou ser uma colisão entre veículos. “A gente não pode falar da velocidade dele [motorista], mas a pancada foi forte. A Silvana precisaria andar com uma bengala, mas não tinha costume. Isso também pode ter colaborado para ela não perceber a presença do carro”, finalizou a testemunha.
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