O Departamento Estadual de Investigação Criminal da capital apreendeu 10 fuzis e mais de uma tonelada de cocaína, em Aguaí, na região de Casa Branca. Três pessoas, moradoras em Paulínia, foram presas em um sítio, após saírem de um barracão que fica em uma estrada rural de Cordeirópolis. Eles foram seguidos pelos policiais da capital e presos ao chegarem no sítio.

Segundo a Polícia Civil do Estado de São Paulo, em junho, o trabalho de investigação já havia identificado o barracão como ponto estratégico da associação criminosa envolvida em ataques a carros-fortes e transportadoras de valor.  No entanto, segundo a polícia, a estratégia dos bandidos mudou para dificultar a localização deles. O imóvel em Cordeirópolis servia como um ponto de distribuição das armas para membros da associação em todo o estado. As armas eram armazenadas lá e saíam em menor quantidade para outras regiões paulistas.

No domingo, em um caminhão do bando, havia um arsenal com dez fuzis um tipo AR 10, 6 FAL calibre 7.62, um AK calibre 7,62 e dois SIG ponto 30. Conforme os investigadores, três das armas possuem o brasão do exército da Bolívia, indicando que possivelmente foram desviadas. Além disso, os policiais acharam 325 munições de diversos calibres e 53 carregadores.  No sítio, o trio também guardava cerca de 1,5 tonelada de cocaína pura. No exterior, a droga chega a valer R$ 120 milhões.

As investigações prosseguem para desarticular outras ramificações da quadrilha. Os envolvidos, de 27, 31 e 42 anos, foram encaminhados à sede do Deic, na capital paulista, onde permaneceram presos. Entre eles, estão o responsável pela logística do bando e outro que tinha a função de receber e armazenar as drogas e as armas — ambos possuem passagem criminal. O caso foi registrado como tráfico de drogas, porte ilegal de arma e associação para o tráfico na 4ª Disccpat.

Em uma entrevista coletiva, realizada na capital, o secretário estadual da Segurança Pública, Guilherme Derrite, disse que o trabalho está dentro da estratégia do Estado para combater o crime organizado e inviabilizar a cadeia logística. “Além da asfixia financeira, é retirar o poder de fogo dessas organizações, representando um impacto significativo para os criminosos”, disse o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, durante coletiva de imprensa realizada no Deic. "É uma ocorrência de extrema importância para nós porque tem um valor agregado essa apreensão realizada.", finalizou o secretário.