O promotor de Justiça Rafael Fernandes Viana, denunciou o pedreiro de 50 anos, flagrado matando a mulher, a manicure de 44 anos, na Avenida Pedro Zacarias, na tarde do dia 30 de setembro. O autor do crime deve responder pelo crime de homicídio triplamente qualificado (condição de gênero - feminicídio, motivo fútil e mediante meio que dificultou a defesa da vítima).

No dia do crime, o pedreiro foi ao salão de beleza de propriedade da esposa, após descobrir que ela havia se envolvido em um relacionamento com outro homem. O casal estava junto há cerca de 30 anos e tem três filhos, entre eles, duas adolescentes. Após uma discussão, a Lucilene teria sido ferida ainda na frente do estabelecimento. O perito Thiago de Carli foi ao local para realizar a perícia. Em seu laudo, Carli alega que encontrou “substância hematoide” (sangue) na calçada e na parede frontal do imóvel número 689 da via, onde funcionava o salão. A mulher teria corrido por alguns metros, já na frente de um imóvel vizinho, onde foi alcançado novamente pelo marido e golpeado.

Dentro do estabelecimento, onde a discussão teria começado, há apenas uma citação no laudo pericial sobre um ventilador de chão tombado. O autor permaneceu em silêncio durante seu interrogatório feito pelo delegado Dimas Custódio, que foi o responsável pela prisão em flagrante. O perito criminal constatou a presença de duas perfurações na região posterior (costas) e três lesões na região anterior (tórax) do corpo da manicure.

Na última terça-feira, o juiz Wilson Henrique Santos Gomes acatou o pedido da delegada Evelyn Kaffa, da DDM, para a quebra do sigilo telefônico para a obtenção de dados para nortear o trabalho das autoridades. O magistrado ainda determina que o laudo necroscópico da vítima, assim que fique pronto, seja anexado ao processo. O pedreiro continua preso, por força de mandado de prisão preventiva e deve ser submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri, com data ainda a ser definida.