Polícia indicia motorista de carro de luxo por homicídio culposo
Laudo do IC aponta que condutor estaria a mais de 80 km/h no momento do acidente; velocidade da via é de 40 km/h
A Polícia Civil de Limeira indiciou por homicídio culposo (sem intenção) o motorista do carro de luxo, de 39 anos, envolvido no acidente que matou o músico Paul Lennon Wesley Fricks, 34, no dia 8 de março, no Centro. O laudo da Polícia Técnica Científica, aponta duas velocidades aproximadas em que a Land Rover estaria. Os cálculos foram feitos com base em imagens de duas câmeras de estabelecimentos comerciais da Rua Sete de Setembro.
Uma delas, mais próxima da esquina, pertencente a uma loja de alimentos, mostra o carro a cerca de 81km/h. A outra, de um equipamento que fica no meio do quarteirão anterior à esquina, em uma loja de suplementos, seria de 86km/h. O laudo também aponta que ambas as imagens mostram uma tentativa de frenagem do motorista do carro de luxo.
O perito ressalta que a luz de freio da lanterna do carro se acende, pouco antes da colisão. Para o delegado Francisco Lima, isso é predominante para afirmar que o autônomo não queria cometer o acidente. “Ele foi imprudente e negligente para transitar nesta velocidade, mas fica claro que ele não queria ter cometido o acidente” relatou a autoridade à Gazeta ontem.
Antes de encaminhar o caso ao Ministério Público (MP), o delegado tomou o depoimento do autônomo. Em sua oitiva, realizada no dia 13 de maio, na sede do 1º Distrito Policial (DP), o condutor da Land Rover alegou que permaneceu em uma casa de shows da cidade por volta de duas horas e meia naquele sábado. Ele ainda afirma que bebeu uma cerveja long neck e que, no caminho de volta para casa, não percebeu que estava acima do limite de velocidade. O autônomo ressalta que estava com os reflexos apurados e que informou aos policiais militares que havia ingerido bebida alcóolica, mas que não foi questionado, pois acreditava estar em seu perfeito juízo. Após o acidente, o autônomo foi para casa, pois saiu ileso. Ele alegou que se sentiu “profundamente chocado” com tudo o que aconteceu. O inquérito foi relatado e passará pelo crivo do Ministério Público, que tem autonomia para interpretar o caso.
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