Banco do Brasil nega racismo e responsabiliza cliente preso
Dois representantes do Banco do Brasil prestaram esclarecimentos na Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal, na manhã desta quinta-feira, sobre o episódio envolvendo o pai do vereador Jú Negão, no dia 8 de abril, dentro do setor de autoatendimento da agência da Avenida Piracicaba. A denúncia do vereador é que o pai, preto, sofreu racismo ao, supostamente, ficar retido dentro da agência. Entre os declarantes estava o gerente da agência, onde ocorreu o incidente.
Os funcionários do banco alegaram que não houve racismo e que a porta, em nenhum momento, não foi trancada. O erro, segundo eles, foi do cliente, que não fez o procedimento correto para a abertura da porta. De acordo com os gerentes, o botão deveria ter sido acionado ao mesmo tempo que a porta deveria ser aberta. Os representantes alegaram que há imagens das tentativas da abertura da porta mostrando o equívoco do cliente. As cenas poderão ser fornecidas para a Câmara, mediante apresentação de ofício e de análise do departamento jurídico da instituição.
O banco ainda reconheceu que as explicações sobre o procedimento correto para a abertura da porta não foram passadas para o cliente pelo telefone. A atendente que conversou com o cliente não tem acesso às imagens das câmeras, cuja central de monitoramento foi acionada, posteriormente.
Os gerentes ainda explicaram que, em situações como esta, o protocolo do banco informa que a porta só pode ser liberada com a presença de um representante da instituição e de uma viatura da Polícia Militar (PM). Mas, a pessoa responsável pela agência informou que quando chegou ao local, a porta já havia sido aberta pelo cliente, pela presença da viatura da PM.
O vereador José Eduardo Monteiro Júnior (Jú Negão), do MDB, acompanhou a reunião e repudiou as explicações dadas pelos gerentes. A comissão, formada por Isabelly Carvalho (PT), Francisco Maurino dos Santos (Republicanos) e Sidney Pascotto (PRTB), registraram em ata que devem pedir as imagens das câmeras de monitoramento do setor onde o homem alegou ter ficado preso. Além das cenas, os vereadores pediram acesso às chamadas feitas ao SAC do banco.
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