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Comissão não aceita retratação de Lemão após caso da Tribuna

Três meses depois da polêmica envolvendo a Tribuna Livre da Câmara, a Comissão de Ética deu o parecer da conduta dos vereadores Anderson Pereira (PSDB) e Sidney Pascotto, o Lemão da Jeová Rafá (PSC). Os vereadores foram advertidos após o episódio em que o jovem Hamilton de Mello foi interrompido durante seu discurso e ameaçado de voz de prisão.

 

O relatório foi lido na íntegra onde se constou uma advertência verbal (censura). A Comissão concluiu que os vereadores fossem advertidos e que se retratassem por escrito e em plenário. A retratação verbal do vereador Lemão da Jeová Rafá no entanto, não agradou a Comissão e a Mesa Diretora.

 

Lemão fez um relato da sua vida parlamentar, citou a sua família e destacou que o Poder Legislativo é um dos maiores poderes do país. Ele também destacou sua reação enquanto Hamilton discursava. “As pessoas não entenderam, mas nós sabíamos do conteúdo”, disse.

O vereador pontuou o regime do uso da tribuna e destacou que Hamilton já usou a tribuna outras vezes e que isso é um direito dele. “Se a Câmara se sentiu ofendida diante do regimento e da repercussão nacional e internacional eu me retrato quanto isso”, disse. A fala foi criticada pelo vereador Ceará que destacou que o nobre não se desculpou. “O perdão existe para que a gente peça. O julgamento virá o ano que vem nas Eleições”, disse.

Anderson usou a tribuna e foi breve. Ele citou uma ocasião em que estava atuando como advogado e destacou que o homem público tem que ter a couraça grossa e que precisa aguentar críticas. “Embora discorde, em obediência a Comissão de Ética desta Casa e na mesma tribuna em que usou a palavra o Senhor Hamilton, eu deixo minhas escusas a todos aqueles que se sentiram agravados”, disse.

Após a fala dos vereadores, a Mesa Diretora e a Comissão de Ética se reuniu, durante a sessão onde foi lido o resultado. A retratação do vereador Anderson foi aceita. Eles também decidiram em unanimidade em não aceitar a retratação do vereador Lemão e marcaram um julgamento para o dia 6 de fevereiro. O vereador pode ser suspenso por 30 dias. O relatório, as retratações e a decisão podem ser conferidas online no canal do Youtube da Câmara de Limeira, na sessão datada de ontem.

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