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Após morte de menina de 2 anos, mãe nega agressão e deve prestar novos esclarecimentos

O delegado titular do 2º Distrito Policial, João Batista Vasconcelos, confirmou à reportagem da Gazeta que o laudo emitido pelo médico legista responsável pela necropsia da menina de 2 anos, levada já morta à UPA do Parque Abílio Pedro na semana passada, confirma que a menina morreu de asfixia mecânica, causada por estrangulamento. A informação já tinha sido adiantada pela Gazeta na edição de sábado, mas o documento oficial chegou à delegacia na manhã de ontem.

Com o resultado, o delegado alegou que deve chamar a mãe, que tem 26 anos, para prestar novos esclarecimentos. Na sexta-feira, quando ela foi ouvida na unidade policial, a mulher confirmou que passou a manhã cuidando da menina e que ninguém teve contato com a filha. Outras testemunhas também devem ser chamadas para ajudar a Polícia Civil a elucidar a situação. O pai, que saiu para trabalhar naquela manhã, conseguiu comprovar ter ficado fora de casa no período em que a menina teria sido agredida.

O aparelho celular da mãe foi apreendido e passará por perícia. Segundo Vasconcelos, quando a mãe percebeu que a menina estaria supostamente passando mal, tirou uma foto e enviou a uma prima, com um pedido de socorro. Na imagem, segundo o delegado, dá para ver a criança com os olhos abertos e com equimoses (marcas roxas) na região do peito e do pescoço. No entanto, Vasconcelos alega que não consegue confirmar se as marcas foram causadas por agressões ou se já eram marcas causadas pelo estado de rigidez do cadáver da menina. O delegado disse que deve analisar melhor a situação, mas que provavelmente, comece a investigar o crime como um homicídio. 

DEPOIMENTO
Vasconcelos alegou que a mulher negou a todo tempo qualquer tipo de agressão à menina e que, na maioria do tempo, falava que não tinha matado a filha. O pai, segundo o delegado, chegou a se revoltar com a companheira, a questionando se ela havia matado a filha. A mulher aparentava estar desorientada durante o depoimento, mas o delegado não soube falar se era resultado do uso de drogas. A mulher alegou, inclusive, que deixou de usar drogas há alguns dias. Após ser ouvido, na tarde da sexta-feira, o casal foi liberado da delegacia.

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