Vítima de tentativa de feminicídio segue internada
A ourives, de 33 anos, vítima de feminicídio ocorrido na noite da última sexta-feira, 22 de setembro, seguia, até a tarde de ontem, internada em estado grave, na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da Santa Casa de Limeira. A.F.N.A., 33 anos, foi atingida, a princípio, com 16 golpes de podão, depois de uma crise de ciúmes do ex-namorado dela, R.B.B., de 27 anos. O crime ocorreu na casa dos pais dele, na rua Vítor Caraccio, 132, na Vila Glória.
A mulher foi chamada pela mãe do rapaz, já que ele tinha chegado em casa muito nervoso. “A mãe nos disse que apenas ela conseguia acalmá-lo e, por isso, ligou pedindo ajuda”, alegou o policial militar que atendeu a ocorrência. A. foi de moto à casa da ex-sogra e teria, a princípio, conseguido acalmar a situação. Segundo o relato do pai à delegada Evelyn Kafa, naquela noite, ele foi acordado pelo filho, solicitando socorro à vítima. Em seguida, o autor desapareceu, levando o veículo da ex-namorada.
Em depoimento, o rapaz alegou que ambos entraram em vias de fato depois de ele, supostamente, ter descoberto mensagens no celular dela que indicavam infidelidade da vítima no relacionamento. Segundo o rapaz, ele quebrou o aparelho, que não foi localizado pela polícia. A informação, confirmada por fontes da Gazeta, aponta que os golpes foram mais direcionados à região da cabeça da ourives. Ainda no local, o médico do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) teria constatado a perda de massa encefálica. R. foi preso em flagrante por homicídio qualificado (feminicídio) ao ser localizado no posto de combustível da rotatória Roberto Antunes de Campos (Barroca Funda). Ele, que não apresentava estar embriagado ou sob efeito de entorpecente, admitiu o crime e apontou onde tinha deixado a moto e o podão usado para golpear a mulher. A arma foi apreendida e o veículo entregue à familiares da vítima. No sábado, ele foi apresentado ao Poder Judiciário para audiência de custódia. O juiz que analisou a situação converteu a prisão em flagrante em preventiva. Por isso, R. deve permanecer preso por tempo indeterminado.
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