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PM aborda jovens acusados de perturbar moradores

Três jovens, entre eles dois adolescentes, de 17 e 16 anos, foram levados para a delegacia depois de serem abordados na Rua Estudante Flamínio de Castro Rangel, no Jardim Nova Itália. A rua é uma das vias transversais à Rua Paschoal Marmo, endereço de um bar onde, há meses, vizinhos reclamam de perturbação de sossego. Um casal, morador da rua, também se apresentou ao delegado para o registro do caso.

Segundo o que consta no boletim de ocorrência, a equipe da Polícia Militar (PM), comandada pelo tenente Bispo, foi acionada diretamente na viatura, enquanto patrulhava a rua. O casal alegou que os rapazes faziam algazarra na porta de casa, por volta das 1h de domingo e que começaram a xingar o homem, de 48 anos, quando ele abriu a janela de casa. Os jovens gritavam que o casal poderia chamar a polícia, pois eles não tinham medo.

Após a abordagem, as vítimas se prontificaram a registrar o boletim de ocorrência e, por isso, o caso foi apresentado ao delegado plantonista. Os responsáveis pelos adolescentes foram chamados para recolhê-los. O maior de idade, de 19 anos, foi ouvido e liberado. Eles devem ser investigados por perturbação de tranquilidade. No entanto, as vítimas foram aconselhadas a arrecadar mais assinaturas para a apresentação coletiva da queixa. Após o registro, a mulher procurou os vizinhos, pelo aplicativo de troca de mensagens, relatou o ocorrido e pediu para que os moradores passassem os nomes e os RGs para a representação do caso à Polícia Civil.

HISTÓRICO
A perturbação de tranquilidade reclamada pelo casal ocorre há meses, desde que os jovens encontraram na porta do estabelecimento um local para se aglomerarem. No dia 25 de junho, a Gazeta já trouxera uma matéria relatando o problema vivido pelos moradores, que ganhou força depois que eles procuraram o Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), no dia 5 de julho. Na oportunidade, o delegado do 1º Distrito Policial, que responde pela região, alegou que abriria um inquérito policial para apurar a questão da perturbação de tranquilidade. No entanto, condicionou a investigação à apresentação do documento feito por um vereador e o registro de boletim de ocorrência na delegacia. “A gente entende que vocês têm medo de represálias, mas as pessoas não precisam saber quem são os denunciantes. A Polícia Civil para trabalhar precisa da vítima”, alegou o delegado.

De lá para cá, algumas ações das forças de segurança foram feitas no local para terminar com a aglomeração. Na reunião, o comando da 1ª Companhia havia falado que o poder de fiscalização deste tipo de estabelecimento é da Prefeitura, que emite o alvará de funcionamento. “ Eu liguei agora e ele disse que passaram aqui com o [departamento] tributário junto. Só que está com o problema na cidade toda, então só passaram e viram que tava tudo bem, foram embora. Tiraram até foto e tava tudo tranquilo”, relatou um morador no grupo do WhatsApp dos moradores, no dia 30 de julho. Pelo menos dois acidentes de trânsito também foram registrados na região neste período. A ação mais efetiva do Poder Público foi no dia 12 de julho, quando o Departamento de Trânsito da Prefeitura proibiu o estacionamento das 18h às 6h, no trecho onde fica o estabelecimento. A intenção era tentar evitar que as pessoas fossem ao local mas, segundo moradores, não foi isso que ocorreu.

Já na primeira noite após a proibição, moradores começaram a relatar que os carros, que antes paravam na rua Paschoal Marmo, começaram a ser estacionados nas ruas transversais ao estabelecimento. “Gente, Como eu entro na minha casa? Tô numa situação muito complicada aqui. Estava sozinha no carro e 5 meninos na frente de casa”, reclamou uma pessoa no aplicativo de troca de mensagem.

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