“Líder religioso” tem prisão preventiva decretada pela Justiça
A Justiça limeirense acatou a denúncia feita pela promotora Débora Bertolini Ferreira Simonetti e decretou a prisão preventiva do ‘líder religioso’ T.O.R., 19 anos, acusado da participação na morte do adolescente Erick Delatore de Araújo, de 16 anos, em uma área verde do Jardim Lagoa Nova rural, no dia 22 de janeiro. T. foi preso de forma temporária no mês passado depois da primeira audiência do caso.
Com a decisão do juiz Rogério Danna Chaib, o jovem deve permanecer preso por tempo indeterminado. O outro acusado do crime, S.S.C.J., 20, mudou a versão durante a audiência de instrução do processo e garantiu que T. participou diretamente do ritual macabro que terminou com a execução de Araújo.
Para o magistrado T. apresenta ser uma pessoa extremamente violenta, utiliza a prática religiosa para constranger as outras pessoas e teria intimidado S. para que ele assumisse sozinho a autoria do homicídio. A promotora de justiça ainda pediu o indiciamento da dupla por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, emprego de meio cruel e sem chance de defesa da vítima.
Na denúncia apresentada ao Poder Judiciário, Débora aponta que Erick foi atingido pelas facadas depois de ser levado ao local para acender velas, pois desejava parar de frequentar o ‘centro religioso’. T. teria dito que não se responsabilizaria pelo que acontecesse após a perda da proteção e alegou que Erick deveria acender velas como ritual de saída da religião.
Ele estaria ajoelhado quando foi golpeado no coração, pulmão e no braço. Segundo Débora, durante o processo, as suspeitas sobre o suposto religioso se evidenciaram. Uma testemunha, que acompanhou o trio até uma parte do trajeto, alegou que parou em frente a uma capela e que T., S. e Erick seguiram em frente. A promotora ainda pede o pronunciamento de S. e T. e que eles sejam submetidos a júri popular.
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