Polícia investiga morte de homem em cortiço do Jardim Aquarius
Um homem de 45 anos, foi encontrado morto, com sinais de violência, dentro de um dos cômodos de um cortiço, conhecido como “Chácara do Maurão”, na rua Antonio Rigon, no Jardim Aquarius. Por volta das 7h, agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) foram acionados ao local, depois de testemunhas encontrarem a vítima, dentro do quarto onde vivia com a companheira.
Vizinhos sentiram o odor decorrente da putrefação do corpo e acionaram o proprietário do cortiço. A porta do cômodo estava entreaberta. Ao lado do corpo havia um cachorro sem raça definida, bastante incomodado com a presença de estranhos no espaço. O quarto foi isolado até a chegada da perícia criminal. Segundo apurado, a vítima apresentava ferimentos na altura da axila e do rosto e estava com partes do corpo desfiguradas.
Investigadores da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) foram ao local e encaminharam o caso para ser registrado na sede da especializada. Na delegacia, os investigadores conseguiram localizar a companheira da vítima. Ela vai ao cortiço frequentemente e prestou depoimento. Aos agentes da GCM, a mulher alegou que foi ao quarto na última segunda-feira, permaneceu por algum tempo no local e saiu, deixando o companheiro bem. Ela foi avisada pela Polícia Civil da localização do corpo. O caso é tratado como morte suspeita. A Gazeta apurou que, a princípio, os ferimentos encontrados no corpo da vítima não são condizentes com violência e, sim, mordedura. É possível que ele tenha morrido por causas naturais e o cachorro tenha se alimentado do corpo. Mas, somente o laudo poderá confirmar a suspeita. Ele será sepultado nesta sexta-feira de manhã.
GU TIGERS
Em 23 de março deste ano, o comediante José Augusto Côrrea, conhecido como “Gú Tigers”, morreu em um outro quarto do mesmo cortiço. Ele foi encontrado em condições semelhantes as do homem de ontem. No caso do comediante, o caso foi tratado como morte natural, já que testemunhas alegaram terem visto Gú chegando carregado ao quarto dias antes da sua morte. Não havia sinais de arrombamento ou luta no quarto. Gú era soropositivo. Não há relatos de ligação entre os casos.
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