Uma mulher, de 45 anos, procurou o plantão policial de Limeira, durante a noite de quinta-feira para denunciar que o filho, de 11 anos, foi vítima de racismo dentro da escola estadual Gustavo Picinini, no Jardim do Lago. A intolerância teria sido cometida por dois garotos da mesma sala, durante o período vespertino. Segundo a mulher, o filho é estudante do 6º ano e teria ouvido xingamentos, o comparando a um macaco e urubu.

Em um outro momento, o segundo garoto teria imitado um macaco, olhando e apontando para o filho da mulher. Os nomes das crianças agressoras foram citados no registro, mas a mulher disse não conseguir informar o endereço delas. Também não há, no registro, a informação se a direção da escola foi contatada pela mulher. O caso foi registrado como não criminal, pois os agressores são crianças menores de 12 anos.

O Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 104, preconiza que as pessoas até 11 anos, são consideradas crianças e, portanto, inimputáveis penalmente. A Gazeta questionou a Secretaria Estadual da Educação sobre a situação, mas não houve retorno até o fechamento da edição.

ASSÉDIO
No mesmo expediente do plantão também foi registrado o caso, que deve ser investigado como assédio sexual. O caso envolve uma moça, de 20 anos, e o bibliotecário de uma faculdade de Limeira. Segundo o que a vítima relatou na delegacia, o funcionário da instituição teria a abordado quando ela se levantou para ir ao banheiro e teria dito que iria ligá-la.

Momentos depois, o telefone tocou e o interlocutor o identificou como “seu admirador secreto”. Ela também foi perturbada em seguida e, ao perceber que a jovem não tinha gostado da situação, o suspeito disse que “estava brincando”. O telefone usado para fazer a ligação é o da instituição e a moça acredita que ele tenha usado do posto dele na faculdade para conseguir o número do telefone. A diretoria da instituição foi avisada e se comprometeu a ajudar. A moça seria filha de dois funcionários da instituição.