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Mulher denuncia possível erro médico na Santa Casa

Uma auxiliar de expedição, de 32 anos, procurou a delegacia de Polícia Civil para denunciar um possível erro médico ocorrido no hospital Santa Casa, durante uma cirurgia de garganta e nariz, na unidade. Ela alegou que o filho dela, que passou pelo procedimento no dia 20 deste mês, teria expelido uma gaze, que teria sido deixada no organismo do garoto.

Ela explicou que, logo após a intervenção médica, o garoto começou a passar mal, com quadro de febre, dor e falta de apetite. A mulher ainda relatou que o garoto estava com mau hálito, o que, segundo o médico, seria normal depois de uma cirurgia do tipo. Na tarde de anteontem, uma semana depois do procedimento, ela retornou com o menino para o médico, em uma consulta pré-agendada e ouviu dos médicos que o garoto poderia estar com manha.

Após retirar o curativo interno do nariz do garoto, a mãe recebeu liberação para dar comida pastosa e morna. Durante a noite, logo após jantar, o garoto começou a passar mal e expeliu o que havia comido, junto com partes de uma gaze, que exalava um cheiro de podre. “Fui arrumar a cozinha e ouvi um barulho. Quando olhei vi meu filho com as mãos para cima, pedindo ajuda. Agarrei por trás e tentei fazer a manobra para desengasgá-lo”, relatou a mãe, que percebeu que o menino havia vomitado um “objeto escuro”. “Depois de limpá-lo, pedi para meu marido ver o que ele tinha vomitado, achando que era alguma sujeira, por conta da cirurgia. Só que não era. Levamos um susto quando percebemos que se tratava de uma gaze”, relatou a auxiliar.

O garoto foi novamente levado ao hospital pela família que alegou não ter recebido a devida atenção com relação ao caso. “A cirurgia está perfeita, tanto que meu filho depois de vomitar a gaze dormiu bem. O que eu achei é que eles ‘deram um tapa na cara da sociedade’ ao me deixar sem, se quer, uma explicação do que ocorreu. Erros acontecem, mas tratar a situação da forma que trataram no hospital, não dá para aceitar”, frisou a mãe.

RESPOSTA
Em nota, a Santa Casa de Limeira informou que todas as medidas internas já foram tomadas desde a manhã de ontem e que todos os setores competentes estarão envolvidos na apuração e que, paralelo a isso, os protocolos serão revistos. A unidade afirmou ainda que “queixas relatadas na primeira semana, como dor, falta de apetite e mau hálito são sintomas de pós-operatório, compatíveis com o período do tipo de cirurgia e, por isso, não levantaram nenhuma suspeita além no momento da consulta. A criança foi acolhida ao retornar ao Pronto-Socorro e foram feitos exames e verificadas boas condições. Por este motivo, foi liberada”. O hospital ainda diz que preza pela melhoria contínua no atendimento e que o compromisso do hospital é dar toda a atenção que o caso exige.

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