Material furtado de linha férrea era supervalorizada
As 22 toneladas de ferro de trilhos de trem, encontradas nos ferros velhos fiscalizados durante cumprimentos de mandados de busca e apreensão e de prisão, na região de Assis, seriam vendidas a valores bem acima dos praticados por pessoas que trabalham com o material. Durante as investigações, realizadas pela Delegacia de Cordeirópolis e pela DIG de Limeira, foi apurado que a associação criminosa desmantelada durante a ação vendia o quilo do ferro em até R$ 1,70 o quilo. Normalmente, o ferro é vendido a R$0,10, o quilo.
Isto estaria estimulando o furto de trilhos, praticados por quadrilhas, também investigadas na operação que ganhou o nome, fazendo menção à supervalorização; Trilho de Ouro. O trabalho começou na região de Limeira depois de dois descarrilamentos. Os acidentes eram causados, provavelmente, pelos furtos dos grampos que prendem o trilho ao dormente da linha. Alguns trilhos novos, que ficam às margens da linha também eram furtados.
A Rumo, responsável pela linha acionou a Polícia Civil, dando início a um inquérito policial. Durante as investigações, as ramificações da associação criminosa começaram a aparecer levando a polícia a comerciantes de algumas partes do estado. Na região de Assis, onde a linha está desativada, os ladrões furtavam os trilhos. Cada metro da estrutura pesa cerca de 25 quilos.
Depois de meses de investigações, o Poder Judiciário de Cordeirópolis foi provocado e determinou a prisão de 10 pessoas e que fossem feitas buscas em 26 locais diferentes. A ordem foi cumprida, conforme a Gazeta já mostrou ontem. A Polícia Civil acredita ter encontrado apenas parte do material levado, mas há uma dificuldade de localizá-los, pois os comerciantes os descaracterizam, cortando em partes, o que tornaria o material irreconhecível. Marchi ainda alegou que durante as incursões, foram identificados outros membros da associação criminosa, que passam a ser investigados.
ARMAS
Entre os mandados de buscas determinadas pela Justiça havia um em um imóvel entre Ipeúna e Rio Claro. Um rapaz, que não teve a identidade revelada pela Polícia Civil, foi preso em flagrante por porte ilegal de armas de fogo. Na propriedade rural onde ele mora, os policiais encontraram quatro armas. A localização só foi possível pelo trabalho do cão farejador da Guarda Civil Municipal de Limeira.
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