Adolescente de 15 anos é encontrado morto em área verde
A Polícia Civil de Limeira terá de esperar um tempo para entender o que ocorreu com o adolescente Eduardo Mendes de Carvalho, de 15 anos, encontrado morto em uma área verde, ao lado de um campo de futebol, no Parque Abílio Pedro. O treinador do jovem foi alertado a respeito da presença de um rapaz, com uniforme do time, caído. O homem foi ao local e o encontrou inconsciente e, mesmo com o socorro à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Abílio Pedro, o menino morreu. Segundo o boletim de ocorrência, registrado no plantão policial, o garoto trazia consigo uma mochila com alguns pertences pessoais, que não foram encontrados.
O treinador alegou à polícia que o garoto saiu algumas horas antes para ir à casa de um amigo para chamá-lo para participar das partidas, mas estranhou que o garoto não retornava. O pai disse que foi avisado, já no começo da tarde, da morte do filho. O jovem veio de Iracemápolis, onde mora a mãe, para jogar bola e passar o Natal na casa do pai, onde morou até cerca de duas semanas, durante o período de aulas. "Quando acabaram as aulas, ele foi ficar com a mãe, em Iracemápolis. Estava lá há cerca de 2 semanas e veio para ficar alguns dias aqui comigo", alegou o pai, com quem a Gazeta conversou ontem.
Ainda segundo o homem, de 38 anos, o médico legista não conseguiu determinar ao certo o que causou a morte. "Ele disse que teria sido um infarto, mas que pediu novos exames para o laboratório da capital", alegou. A morte violenta teria sido descartada pelo legista. "Foram feitos exames mais apurados na cabeça dele e não foi constatada nenhuma lesão que poderia caracterizar uma morte violenta", disse o pai.
Outras duas possibilidades, bem menos prováveis, de acordo com o homem, são a morte pelo uso de drogas, o que o pai não acredita. "Meu filho teve uma experiência com drogas, mas foi pouca coisa. E estava limpo desde que veio morar comigo, há cerca de um ano", alegou. E a reação a vacina da Pfizer, que o garoto tomou no último dia 1. "O médico legista disse que não acredita na hipótese, mas como estão analisando todos os aspectos, vão fazer o exame, cuja amostra sanguínea já foi enviada para a capital", alegou o homem.
O pai de Eduardo disse que espera uma resposta das autoridades policiais para tentar dar um pouco de conforto à família. "Nada vai trazer ele de volta, mas pelo menos para dormirmos tranquilos". O sumiço dos pertences do adolescente também perturba o homem. "Além de pensar que alguém pode ter roubado o menino com ele caído e nem chamado socorro, é de cortar o coração perder todas as últimas recordações do meu filho, que estavam no celular levado. Queria achar apenas para guardar como recordação dele", finalizou o homem.
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