Professor acusado de importunar aluna é afastado
O professor de química, de 59 anos, que lecionava na Escola Estadual Professor Antônio Perches Lordello, foi afastado do convívio dos estudantes, assim que a Diretoria Regional de Ensino soube do episódio envolvendo a suposta importunação sexual contra uma aluna, de 17 anos. O caso ocorreu, na última sexta-feira, e foi noticiada pela Gazeta. As informações constam em uma nota oficial emitida pela Secretaria Estadual da Educação nesta segunda-feira. O documento ainda afirma que a pasta repudia qualquer forma de assédio e injúria. A direção da unidade acompanhou os envolvidos ao Distrito Policial, onde foi registrada a ocorrência e a unidade escolar se colocou à disposição das autoridades. O ocorrido foi registrado no Placon, sistema do Programa Conviva, que tem como principal objetivo monitorar a rotina das escolas da rede estadual. A equipe do Conviva também foi acionada e está acolhendo a estudante e a família. A garota, ou qualquer aluno da unidade escolar, terá apoio psicológico se sentir necessidade.
O CASO
Na última sexta-feira, a adolescente, de 17 anos, procurou a diretoria da escola para relatar ter se sentido constrangida pelo professor. Ela alegou ter sido puxada pelo cabelo e chamada de "cachorra" pelo docente. Mais tarde, durante a aula, após pedir para se ausentar da sala por estar passando mal, a garota teria ouvido do professor que estaria nervosa pois ele tinha "dado uns tapas nela". Os pais foram chamados e acionaram a PM assim que souberam da história. O caso foi registrado como "importunação sexual" e será investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), onde o boletim de ocorrência foi confeccionado. Em sua defesa, o professor disse que a menina interpretou mal uma "brincadeira".
ABANDONOU
A Gazeta conversou durante a tarde de ontem com o pai da menina. Ele alegou que a família tomou a decisão de retirá-la da escola, já que, para os pais, não há mais clima para a menina continuar estudando lá. "Minha filha está muito envergonhada. Não sabia que essa situação ia causar todo esse transtorno para nossa família". O empresário ainda disse que a escola não tem dado apoio algum à adolescente. "Disseram que a gente ia ter apoio psicológico, só que até agora, nada. Vou ter de pagar consulta do meu bolso, pois a direção não consegue decidir nem como vai ser feito. Minha filha não pode perder o ano", relatou o pai. Alunos da escola fizeram uma manifestação na porta da unidade na manhã desta segunda-feira. Faixas com os dizeres "unidas pelo fim do assédio escolar" foram confeccionadas e colocadas, inclusive no pátio da unidade.
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