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PM fecha o cerco contra motocicletas irregulares

Na tarde desta terça-feira, a 5ª Companhia, em conjunto com um pelotão da Escola de Formação de Soldados do 36º BPM/I, realizaram a Operação "Cavalo de Aço". Levantamento feito pela corporação indica que os índices de roubos em que os bandidos estão a bordo de uma moto têm aumentado nos últimos meses. A ação é preventiva e tem a intenção, também, de punir os motociclistas que andam com os escapamentos em desacordo com a legislação.
A ação ocorreu na Via Antonio Cruañes Filho (Anel Viário), próximo à sede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), no Jardim Nossa Senhora do Amparo. Foram abordadas 86 motos, das quais, 18 foram recolhidas. Entre os veículos apreendidos, cerca de 80 a 90% estavam com o licenciamento anual atrasado. O restante, segundo o comandante da companhia, capitão Costa Pereira, foi apreendido por falta de condições de segurança. "Os motociclistas estão fazendo entrega com os pneus lisos, colocando em risco a própria vida. Sabemos que estão todos trabalhando e a intenção não é prejudicar ninguém. Mas também não podemos prevaricar e fazer de conta que não vimos", alegou o oficial da PM.

ESCAPAMENTO
O ruído emitido pelo escapamento da moto tem sido alvo de inúmeras reclamações por parte da população. Essa situação também foi fiscalizada no bloqueio policial. O oficial alega que, para efeito de fiscalização, o ruído não é válido. "O que a gente vê são os equipamentos obrigatórios", relata o capitão.
O artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro prevê que comete uma infração grave quem transita "sem equipamento obrigatório ou estando esse ineficiente ou inoperante" (inciso IX), ou quem está "com equipamento obrigatório em desacordo com o estabelecido pelo Contran" (inciso X). A penalidade é a multa e a retenção do veículo até a regularização.
No entanto, o artigo não prevê a apreensão do veículo. E isso, segundo o oficial, acaba beneficiando o infrator. "Ele [motociclista] é multado e tem a moto bloqueada pelo Detran. Em um prazo de até 30 dias, ele precisa regularizar a situação do equipamento e fazer a vistoria para que o departamento estadual possa desbloquear", alegou. Porém, depois de comunicado, o motociclista é liberado e continua com a moto. Mesmo não podendo pela legislação, o motociclista continua usando o veículo. E se parado outra vez, apenas recebe a multa, novamente.

CARROS
Mesmo não sendo o foco da operação, 36 carros também foram fiscalizados. Destes, apenas 3 foram removidos para o pátio da empresa que presta serviço de guincho para a corporação. Todos por causa do licenciamento obrigatório atrasado. Ninguém foi preso ou conduzido à delegacia. Segundo o oficial da PM, outras operações do tipo devem continuar acontecendo, mas ele não revelou as datas e os locais.


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