Depois de surto e de fuga, "homem da torre" recebe alta médica
Depois de permanecer por 24 horas em cima de uma torre de telefonia celular na Avenida Major José Levy Sobrinho, entre os dias 29 e 30 de outubro, da fuga da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Abílio Pedro e de um período de 20 dias de internação na Santa Casa, o técnico de telecomunicações, de 38 anos, recebeu alta médica na última quinta-feira.
Ele passou por atendimento psiquiátrico na UPA e, em seguida, por avaliação de um nefrologista (especialista em sistema urinário e rins) na Santa Casa. A transferência foi necessária, pois a UPA não tem a especialidade médica. A Gazeta acompanha, via assessoria de imprensa da Santa Casa, o estado de saúde do técnico. O boletim do dia 12 de novembro apontava que ele estava na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), mas estável e comunicativo. A reportagem tenta desde o dia do episódio falar com a esposa do técnico, que estava em Limeira, mas ela não responde aos contatos. Não foi possível determinar se o técnico teve de voltar à UPA ou se já retornou para o Paraná.
SURTO
O técnico apresentou um quadro de surto psicótico depois de trabalhar na madrugada do dia 29 na torre. Ele é funcionário de uma empresa curitibana, mas que presta serviço na região de Campinas. Durante as 24 horas que permaneceu na torre, o técnico atirou objetos e feriu um sargento do Corpo de Bombeiros, que negociava sua rendição. Na manhã do dia 30, por livre e espontânea vontade e apresentando um quadro de desidratação, o homem desceu da torre.
Na segunda-feira seguinte, dia 1º de novembro, a PM foi acionada pela esposa do técnico. O pedido de ajuda veio depois que a UPA do Abílio Pedro, unidade em que ele ficou internado, comunicou sua fuga. Ele usou duas camas para travar a porta e pulou a janela, que não tem grades. Por sorte, o homem foi encontrado minutos depois pela equipe dos cabos Romulado, Pinheiro e Cordasso, na Avenida João Amaral Gama.
O psiquiatra que o atendeu no retorno à UPA disse à época que ele estava surtado e precisaria ficar internado para que os delírios desaparecessem. Testemunhas falaram a polícia que o técnico alegava a todo momento que estava sendo perseguido e que "alguém" queria matá-lo. Ele estaria com problemas financeiros familiar e apresentava quadro de insônia.
O tratamento seria a base de remédio para psicopatia e sedativos. Ele permaneceria "contido" na unidade até que apresentasse melhora. O profissional alegou que acredita que o homem deve se redimir em até 10 dias. Se esses delírios (de que alguém está tentando matá-lo) não melhorarem em até 10 dias, o quadro passa a ser de uma pré-esquizofrenia, até o diagnóstico da doença, que pode se manifestar.
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