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Região do Mercado Modelo sofre com onda de furtos

Nos últimos 10 dias, foram, pelo menos, cinco tentativas de arrombamento; ontem, casal levou R$ 2,5 mil de peixaria

Uma onda de furtos e tentativas de arrombamentos têm tirado o sono de comerciantes da região do Mercado Modelo. Nos últimos 10 dias, foram, pelo menos, cinco tentativas de furtos e arrombamento de portas de comércio. Os crimes vêm sendo cometidos por moradores de ruas e viciados em drogas. Donos de lojas pedem mais policiamento na região.
No final da noite de anteontem, um casal buscou algum comércio para invadir. Câmeras de segurança dos próprios estabelecimentos flagraram a cena. Por volta das 23h40, as cenas mostram a dupla caminhando no meio da rua, observando os comércios. A rua está deserta e eles resolvem atacar um bar. Por alguns instantes, eles tentam arrombar a porta, mas não conseguem, pois o comércio tem pinos que prendem a porta ao chão.
Segundos depois, eles atravessam a rua e tentam invadir uma peixaria. A dupla senta na frente da loja e, de costas para a porta, força o obstáculo, que acaba entortando em poucos segundos. O homem entra e a mulher passa a vigiar a rua. Cerca de dois minutos depois, o ladrão sai da peixaria, deixando para trás o chinelo que calçava, uma porta torta e um prejuízo de cerca de R$ 2,5 mil, em espécie. O valor estava no caixa da loja.
Depois de furtar o dinheiro, o bandido fugiu e chegou a se encontrar com o vigia noturno da rua. Para o comerciante, José Geraldo Benetti, que também é presidente da Associação dos Lojistas do Mercado Modelo, o vigilante disse que, até desconfiou do rapaz, mas como ele só tinha levado o dinheiro, aparentemente, não tinha nada com ele.
Segundo o dono da peixaria, outros comércios também já foram alvo dos marginais. Suspeita-se que se trata das mesmas pessoas. Há cerca de uma semana, levaram uma televisão de um bar, localizado na esquina das ruas Sete de Setembro e Barão de Cascalho. Uma loja especializada em queijo, vizinha da peixaria, além de um armazém e outro bar sofreram tentativas de invasão. Por sorte, nestas lojas, eles não conseguiram entrar, mas deixaram marcas e a sensação de insegurança toma conta dos lojistas.
Um dos principais problemas da região, de acordo com Benetti, é a falta do fluxo de pessoas. O quarteirão onde os comércios ficam é estritamente comercial e, à noite, quase não existe movimentação de pessoas. "Quando dá 20h, isso aqui vira um deserto. Quando tinha o mercadão, a gente ainda tinha o vigia de lá. Agora, nem isso a gente tem mais", relatou o Benetti.
A Gazeta tentou falar com algum representante da Guarda Civil Municipal, mas não obteve retorno. A Polícia Militar alegou que já faz operações preventivas na região do Centro abaixo, mas diante disso, se comprometeu a reforçar o policiamento na área citada na reportagem. A corporação ainda pede para que as pessoas registrem os furtos na Polícia Civil para que identifique-se, pela mancha criminal, a necessidade de patrulhamento.

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