Região conta com 20 criadores de abelhas nativas sem ferrão
A criação de abelhas nativas sem ferrão, conhecida como meliponicultura, vem ganhando destaque na região, com 20 cadastros registrados pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) do Estado de São Paulo. Essa categoria, regulamentada em 2021, visa promover a criação sustentável desses insetos, fundamentais para a polinização da flora nativa e para a agricultura familiar.
Dos municípios que realizaram o cadastro, Limeira lidera com 16 meliponicultores registrados, seguido por Cordeirópolis, com 2, e Artur Nogueira e Engenheiro Coelho, ambos com 1 cadastro cada. Uma vez cadastrados, os meliponicultores têm a possibilidade de realizar o manejo reprodutivo, comercializar produtos e contribuir para atividades de educação, pesquisa científica e conservação das abelhas nativas.
“A Semil do Estado de São Paulo tem incentivado a meliponicultura, reunindo quase 2,5 mil produtores em seu cadastro até dezembro, sendo 773 apenas ao longo do último ano. O Brasil é um dos países com maior diversidade de abelhas nativas, contando com 250 espécies, das quais 54 foram identificadas em São Paulo”, explica a pasta.
A criação de abelhas nativas sem ferrão é essencial para a polinização da flora nativa, respondendo por 90% desse processo, além de ser fundamental para a agricultura familiar, produzindo mel, cera e própolis. O cadastro visa não apenas incentivar a prática, mas também garantir a segurança dos meliponicultores.
Apesar de chamadas de "abelhas sem ferrão", essas abelhas nativas possuem ferrão atrofiado, não representando riscos significativos para os seres humanos. Elas utilizam diversos locais para construir seus ninhos, como troncos de árvores, fendas entre rochas, ninhos de aves, cupinzeiros ou mesmo em estruturas humanas como paredes e telhados.
Para quem deseja iniciar a prática da meliponicultura, o cadastro deve ser realizado junto ao início das atividades. O registro é autodeclaratório, válido por 10 anos e deve ser atualizado em caso de mudanças. O acesso ao Sistema Integrado de Gestão da Fauna Silvestre (Sigam) no ícone GeFau permite o cadastro, oferecendo informações sobre espécies permitidas para criação e um manual do meliponário para orientação.
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