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Dengue: aumento de casos acende alerta na região

As altas temperaturas e as chuvas típicas de verão vêm contribuindo com aumento de casos de dengue na região. Limeira, em 20 dias, já registra 23 casos positivos e 90 casos em aberto. No mesmo período do ano passado, a cidade não registrava nenhum caso confirmado. Na região, Artur Nogueira, e Iracemápolis também já registram casos positivos de dengue. Foram 58 casos em Artur Nogueira e 5 casos em Iracemápolis.

 

A doença vem ganhando mais atenção nos últimos dias com a chegada da primeira remessa da vacina contra a doença e que será oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O governo recebeu 720 mil doses do imunizante Qdenga, oferecidas sem cobrança pelo laboratório japonês Takeda Pharma.

 

A médica infectologista, Maria Beatriz Bonin Caraccio, explica que o aumento dos casos nesta época do ano ocorre porque a combinação de água das chuvas com o calor intenso faz eclodir ovos colocados há semanas e até meses, dando origem a milhares de novos mosquitos do Aedes aegypti.

 

"O meio mais eficaz de prevenir essas doenças é evitando o acumulo de água parada. Isso pode ocorrer dentro de nossas casas, nas calhas, telhados, recipientes, mesmo nos muitos pequenos, como tampinhas de garrafa no quintal ou em áreas não cobertas, entre outros", alerta.

 

Segundo a especialista, a infecção por dengue gera uma doença que pode ser assintomática ou apresentar diversas formas, de leve até as mais graves, podendo evoluir ao óbito. A forma viral clássica envolve sinais e sintomas, tais como: febre, dor de cabeça ou ao redor dos olhos, dor ou fraqueza muscular. Nos casos mais graves pode causar sonolência, vômitos, diarreia, diminuição do volume de urina.

 

Outra orientação importante é beber muito líquido e procurar atendimento médico para diagnóstico e orientações. "Mas, mais importante ainda, é que cada um de nós utilize 10 minutos por semana para vistoriar sua casa ou seu local de trabalho para remoção de possíveis focos de proliferação do mosquito. Afinal, se não há mosquito não há dengue", finaliza a médica.

VACINA

 

Segundo o Ministério da Saúde, pouco mais de 3,2 milhões de pessoas serão vacinadas neste ano, já que o esquema vacinal requer a aplicação de duas doses, com intervalo mínimo de 90 dias entre elas. A vacina também é ofertada em farmácias e clínicas particulares, em média por R$300.

 

No SUS, o público-alvo serão crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Essa faixa etária concentra o maior número de hospitalizações por dengue, depois de pessoas idosas, grupo para o qual a vacina não foi liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A previsão é que as primeiras doses sejam aplicadas em fevereiro.

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