Uma investigação está em curso para apontar o responsável pela morte de centenas de peixes no lago municipal de Engenheiro Coelho. A Secretaria de Meio Ambiente da cidade acionou a Cetesb na manhã de quarta-feira (14), dando início às investigações do ocorrido. Apesar do oxigênio dissolvido ter sido medido a uma taxa saudável e do PH da água estar normal, um odor forte de cloro ecoava pelas galerias de água pluvial que alimentavam o lago.

A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) enviou um técnico para avaliar a situação. Com a presença confirmada de cloro na análise da água, o Saaec (Serviço de Água e Esgoto de Engenheiro Coelho) também foi chamado para dar assistência. Embora empresas próximas tenham sido visitadas, nenhuma irregularidade foi encontrada pelas autoridades locais. A Cetesb informou que continua monitorando a situação, já que, até o momento, a origem exata do cloro não pôde ser determinada.

Moradores da cidade lamentaram o ocorrido e esperam por providências. O crime ambiental gerou diversas reclamações. Na tarde de quinta-feira (15), foi possível flagrar centenas de peixes mortos aparecendo nas margens. Ontem, leitores da Gazeta informaram que a situação melhorou, mas o mau cheiro causado, não só pelos peixes mortos, mas pelo cloro, ainda incomodavam.

Conforme o orientado pela Cetesb, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente solicitou a população a não pescar e a não consumir peixes provenientes do lago, nos próximos dias. “Nos próximos dias, serão realizados testes adicionais na água para obtermos um relatório oficial. Essas análises complementares serão essenciais para identificar com precisão a causa da morte dos peixes e determinar as medidas necessárias para solucionar o problema”, informou a Prefeitura.

Com as chuvas recentes que ocorreram, a previsão é que a situação melhore. No entanto, o Saeec foi orientado a continuar monitorando de perto o lago municipal e informar a qualquer mudança notável. A Cetesb permanece acompanhando o caso. No que diz respeito aos peixes mortos, a Prefeitura informou que uma equipe está trabalhando ativamente na remoção dos mesmos do lago. Após a retirada, os peixes estão sendo encaminhados para a empresa de coleta de resíduos responsável, que realizará o descarte apropriado.

“A prefeitura está empenhada em resolver essa situação e garantir a segurança de todos os cidadãos. Continuaremos a fornecer atualizações à comunidade assim que novas informações relevantes estiverem disponíveis”, destaca a nota.

As mortandades são eventos muito “visíveis” e frequentemente causam interesse e preocupação na opinião pública e na mídia, por serem muitas vezes resultantes de poluição ou contaminação da água. “Infelizmente, quase nada se pode fazer para reverter uma mortandade depois que ela começou. Por isso é tão importante entender e prevenir a ocorrência de condições que possam provocar uma mortandade. A determinação da causa de uma mortandade é o melhor caminho para prevenir futuros eventos”, explica a Cetesb.