O pequeno comércio existente e o cultivo de produtos agrícolas para exportação e gêneros alimentícios contribuíram para a transformação de Cordeirópolis. Neste aniversário de 75 anos, a cidade celebra sua história e seu desenvolvimento, fruto do trabalho e da luta de sua população ao longo dos anos. 

A história da cidade remonta ao século XIX, quando a região começou a ser colonizada e a fazenda Cordeiro deu origem ao nome da cidade. Segundo informações do historiador Paulo César Tamiazo, a luta pela emancipação começou cedo, quando a população reivindicou a criação do município ao Congresso Legislativo do Estado. 

“Antes da fundação da cidade, o território do município de Cordeirópolis era dividido em grandes propriedades rurais, que tinham ocupado o solo desde o início do século XIX. A partir de 1817, o Governo de S. Paulo começa a oficializar as posses, surgindo, então, a Fazenda Ibicaba, a Sesmaria do Cascalho e outras. Tempos depois, a cultura de cana-de-açúcar dá lugar à do café, que passou a ser, mais tarde, o principal produto de exportação do Brasil. Devido ao alto custo de transporte até o porto, feito geralmente em tropas de burros, os fazendeiros da região se uniram e viabilizaram a construção da Companhia Paulista de Estradas de Ferro”, conta. 

Em 1876 foi inaugurado o trecho Campinas-Rio Claro e liberou a estação de Cordeiro para o tráfego, foi um marco importante para o desenvolvimento da região. Em 1884, o governo provincial criou o Núcleo Colonial de Cascalho para parcelamento e distribuição de terras a imigrantes e trabalhadores avulsos, o que aumentou a circulação de mercadorias e o trânsito de passageiros na estação de Cordeiro. Aproveitando-se da oportunidade, Manoel Barbosa Guimarães loteou uma área de terra que deu início à povoação, chamada oficialmente de Capela de Santo Antônio do Cordeiro.

EMANCIPAÇÃO 

Com 893 votos a favor, 78 contra e 3 em branco, Cordeirópolis deixou de ser distrito de Limeira, e celebra hoje a escolha do "sim". O documento modificou o nome do distrito para Cordeirópolis, oficializado pelo Decreto-Lei Estadual em 1944. A criação de um pequeno parque industrial vinculado ao aproveitamento da seda originou um novo ciclo de desenvolvimento, que culminou com a emancipação da cidade em 1948. Atualmente, a cerâmica é a atividade econômica predominante no município.