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Casos de dengue em 2022 disparam em Artur Nogueira

O número de casos de dengue em Artur Nogueira cresceu quase 9 vezes mais em 2022 em comparação ao ano passado, segundo dados da Vigilância Epidemiológica. Foram 287 casos positivos este ano contra 33 casos positivos em 2021. A maior incidência de infectados é de mulheres, com 147. O município também registra 589 notificações.

O setor da Prefeitura também divulgou os casos negativos. Foram 256 este ano e 73 casos no ano passado. Também foram computados 43 casos notificados da doença, porém sem exames realizados pelo Instituto Adolfo Lutz. Em 2021 foram 9 casos com resultados indeterminados.

Quando há suspeita, a Administração Municipal orienta o morador a procurar o Posto de Saúde Familiar (PSF) mais próximo para avaliação de um profissional de saúde, onde é preenchida notificação e agendado a coleta de sangue.

De acordo com a coordenadora Milena Sia Pierin, todos os casos confirmados e/ou suspeitos do município são recebidos pela Vigilância que, por sua vez, os encaminha para os agentes controladores de vetor. Os mesmos são responsáveis por acompanhar caso a caso.

Quando há confirmação, os agentes vão até às casas desses moradores, onde é feito todo um trabalho de orientação aos familiares, incluindo distribuição de panfletos informativos. Os materiais também são entregues frequentemente nas escolas.

Os casos de dengue podem ser tratados em todos os 12 PSFs da cidade, bem como no pronto-socorro do Hospital Municipal. Em março deste ano a secretária de Saúde, Angela Pulz Delgado, orientou que para prevenir as doenças transmitidas pelo inseto é fundamental evitar o acúmulo de água parada, onde ocorre a proliferação do mosquito.

“É preciso aumentar os cuidados para evitar água parada em pneus, vasos de plantas, garrafas e outros recipientes que possam permitir a reprodução do mosquito. São medidas extremamente simples, numa varredura rápida, de 15 minutos, você pode impedir a proliferação do mosquito e fazer a sua parte no combate à dengue”, frisou.

Segundo o Ministério da Saúde, o vírus dengue (DENV) é um arbovírus transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). O período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos de cada região, geralmente de novembro a maio. O acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, consequentemente, maior disseminação da doença. É importante evitar água parada, todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano no ambiente. “Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte”, explica.

DENGUE OU COVID-19?

O aumento expressivo de casos notificados este ano também podem estar ligados a pandemia da Covid-19. Isso por que, muita gente que sentiu os sintomas no ano passado e não realizaram exames para identificar. Febre, dor de cabeça, dores no corpo e cansaço muscular são sintomas comumente relatados por quem contrai dengue ou Covid-19, de forma que pode ser difícil diferenciar as duas doenças. 

O Ministério da Saúde reforça que, com o aparecimento de qualquer sintoma, é essencial procurar atendimento médico. “A duas doenças são causadas por vírus, mas a transmissão ocorre de maneira diferente: a dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Já a Covid-19 é transmitida por gotículas de secreções respiratórias de uma pessoa infectada”, reforça.

Em Limeira, crescimento de casos foi de 64%

O último boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura de Limeira é de 23 de dezembro de 2022. O município atualizou na tarde de ontem. A Gazeta questionou a assessoria de imprensa sobre os casos mais atualizados e sobre os óbitos, porém, não obteve resposta até o fechamento desta edição.

Os dados apontam que a cidade registrou um aumento de 64% em relação a 2021, com dados referentes até o dia 23 de dezembro. Este ano, são 617 casos positivos contra 374 casos no ano passado. Também consta 148 casos em aberto. No total, foram mais de 3.947 notificações e em 2021 foram 2.040 suspeitos.

Com relação a chikungunya, os números de casos confirmados diminuíram. Foram 11 infectados em 2021 e apenas um confirmado este ano. Já os casos de zika-vírus não houve notificações este ano e nem no ano passado. Com relação ao número de óbitos, a Prefeitura não informa por meio do boletim.

 

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