Barragem começa a ser desassoreada em Artur Nogueira
A Prefeitura de Artur Nogueira anunciou o desassoreamento da represa Mateus Mariano. O objetivo, segundo o Executivo, é aumentar ainda mais a capacidade de armazenamento do local. Conforme a Gazeta adiantou no dia 30 de setembro, as obras na barragem foram concluídas. Sendo assim, a estrutura não mais apresenta riscos de rompimento.
“Os reparos - executados pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), a pedido da Prefeitura e do Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira (Saean) - aumentaram o nível de segurança da represa, garantindo proteção aos moradores da região”, informou.
O processo de desassoreamento iniciou com a visita técnica de engenheiros da Construdaher, empresa responsável pelo procedimento, do DAEE e, também, da autarquia nogueirense. A reinauguração do local será feita assim que essa fase for finalizada.
De acordo com o DAEE, a barragem apresentava vários pontos de erosão e infiltração de água no maciço, e o risco de rompimento colocou as autoridades em alerta. A recuperação envolveu implantação de um dissipador de energia no vertedouro e controle de erosão na saída do canal que liga o descarregador de fundo e o vertedouro ao rio.
"Trabalhamos para não sermos propagadores de más notícias e, sim, de soluções. Constatamos o problema e imediatamente buscamos resolvê-lo. A obra reafirmou nosso compromisso com a população nogueirense", destacou o prefeito Lucas Sia. A barragem ocupa uma área de 160 mil metros quadrados, acumula 587 milhões de litros de água, e responde por mais de 70% do abastecimento público.
FASES DA OBRA
Em uma primeira fase, os profissionais trabalharam em serviços técnicos e preliminares como canteiros de obra, limpeza e remoção de camada vegetal, serviços topográficos (nivelamentos), etc. A intervenção ainda envolve as recuperações do talude de montante e do talude de jusante; além da recuperação da crista do barramento; canal de restituição; contenção de processos erosivos; implantação de instrumentação de monitoramento da barragem; dentre outros.
“A recuperação do talude de montante consiste no aumento da espessura do barramento. Neste talude foi colocada uma membrana vertical impermeável, para impedir que haja um fluxo de água pelo maciço. Já na parte de jusante (parte de baixo, que vai para o rio), nós também aumentamos a espessura do talude, para melhorar as condições mecânicas do barramento. Este talude de jusante recebeu um filtro de areia, que interceptará a água e evitará que ela passe pelo maciço”, detalhou o departamento técnico do DAEE.
O setor explica ainda que tais trabalhos foram feitos para “proteger” o maciço e são cruciais para evitar o rompimento da barragem. “Introduzimos esses elementos para que não haja uma surgência, um dos grandes problemas de barramento e que poderia levar a um colapso”, acrescentou.
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