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Obras na barragem de Artur Nogueira devem terminar em junho

As obras de recuperação da barragem Matheus Mariano Cotrins iniciada em fevereiro devem ser finalizadas no primeiro semestre deste mesmo ano. A intervenção é executada pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE). A barragem ocupa uma área de 160 mil metros quadrados, acumula 587 milhões de litros de água, e responde por mais de 70% do abastecimento público. 

De acordo com o DAEE, a barragem apresentava vários pontos de erosão e infiltração de água no maciço, e o risco de rompimento colocou as autoridades em alerta. As obras preveem a recuperação da estrutura, implantação de um dissipador de energia no vertedouro e controle de erosão na saída do canal que liga o descarregador de fundo e o vertedouro ao rio.

O prefeito Lucas Sia destaca que a recuperação tem aumentado o nível de segurança da barragem e garantido proteção aos moradores da região. “Nós tomamos, desde o início, todas as providências para garantir a segurança e preservar as vidas das pessoas que vivem no entorno da barragem. Lutamos por uma solução e hoje podemos vislumbrar uma represa restaurada, que seguirá garantindo grande parte do abastecimento de água em Artur Nogueira”, frisou. 


FASES DA OBRA

A intervenção ainda envolve as recuperações do talude de montante e do talude de jusante; além da recuperação da crista do barramento; canal de restituição; contenção de processos erosivos; implantação de instrumentação de monitoramento da barragem; dentre outros.

“A recuperação do talude de montante consiste no aumento da espessura do barramento. Neste talude será colocada uma membrana vertical impermeável, para impedir que haja um fluxo de água pelo maciço. Já na parte de jusante (parte de baixo, que vai para o rio), nós também temos aumentado a espessura do talude, para melhorar as condições mecânicas do barramento. Este talude de jusante também receberá um filtro de areia, que interceptará a água e evitará que ela passe pelo maciço”, detalhou o departamento técnico do DAEE. 

O setor explica ainda que tais trabalhos estão sendo desempenhados para “proteger” o maciço e são cruciais para evitar o rompimento da barragem. “Estamos introduzindo esses elementos para que não haja uma surgência, um dos grandes problemas de barramento e que pode levar a um colapso”, acrescentou.

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