Aumento nos casos de dengue acendem alerta na região
O aumento de casos positivos de dengue vem alertando as prefeituras da região nesta semana. Além de Limeira, as cidades de Iracemápolis, Artur Nogueira e Holambra já anunciaram mutirões de limpeza de possíveis criadouros do mosquito aedes aegypti em residências. Além da dengue, o aedes aegpyti transmite outras doenças, como chikungunya e o zika vírus, que em grávidas, pode causar microcefalia nos bebês.
Em Limeira, os casos positivos de dengue já registram 108 positivados, até o dia 20 de abril. As informações constam no boletim epidemiológico atualizado nesta semana pela a Vigilância. São 688 notificações da doença e 266 casos descartados. O município não tem casos confirmados de zika vírus e chikungunya.
Hoje, a Divisão de Vigilância de Zoonoses promove um mutirão nos bairros: Jardim do Lago, Jardim Aeroporto, Jardim Ernesto Kühl e Jardim Lagoa Nova. Das 7h30 às 12h, 110 agentes irão percorrer essas áreas para eliminar criadouros e orientar os moradores sobre a necessidade de prevenção ao mosquito. Todos os agentes estarão uniformizados e com crachá.
Em Artur Nogueira, o município registrou 116 casos de dengue desde o início deste ano, segundo dados da Vigilância em Saúde, atualizados em 27 de abril. De acordo com a coordenadora da VISA, Milena Sia Pierin, quatro bairros serão visitados nesta nova etapa da busca ativa. São eles: Egydio Tagliari, Josephin Tagliari, Jardim Conservani e Antônio Modolo. No início de abril, a equipe esteve nos bairros Laranjeiras, Ida Sia, Jardim Olinda e Humberto Rossetti.
“Optamos pelo sábado para garantir que mais pessoas estejam em casa para receber nossas equipes”, explica Milena. A VISA pede para que a população colabore com a ação, liberando a vistoria de casas e estabelecimentos pelos agentes devidamente identificados.
Em Holambra, a situação de casos também é preocupante. Segundo levantamento do Departamento Municipal de Saúde, entre janeiro e abril foram 44 confirmações na cidade. No ano passado inteiro, 24. Nas unidades de saúde do município, esse mês, os casos suspeitos triplicaram na comparação com março. A situação acende o sinal de alerta e reforça a necessidade da prevenção para evitar a doença.
De acordo com o diretor da pasta, Valmir Marcelo Iglecias, holambrenses que tiverem febre; dores de cabeça, no fundo dos olhos e nas juntas; fraqueza; náuseas; vômitos; ou manchas vermelhas na pele devem se dirigir ao PSF mais perto de casa. Já em situações em que, além desses sintomas, forem observados sangramento de gengivas e narinas, fezes escuras, manchas vermelhas ou roxas na pele, dor abdominal intensa e contínua, vômitos, tontura, diminuição da urina e dificuldade para respirar, a orientação é procurar imediatamente a Policlínica Municipal.
“As nossas unidades de saúde dos bairros estão aptas a receber, diagnosticar e tratar pacientes com sintomas da dengue clássica”, explicou Valmir. “A Policlínica, nas últimas semanas, tem ficado superlotada e muitos dos casos poderiam ser resolvidos nos PSFs. Apenas casos graves devem ser direcionados para a Policlínica, que realiza atendimentos de urgência e emergência”.
A cidade também vem realizando mutirões aos sábados. A ação acontece entre 8h e 12h e conta com a participação de 15 agentes de saúde que fazem visitas em residências localizadas nos bairros com maior número de casos da doença. O trabalho consiste na retirada de possíveis criadouros, orientações ao morador e entrega de material informativo.
Em Iracemápolis, a Vigilância Epidemiológica retomou a divulgação do boletim com dados sobre a dengue. Os dados epidemiológicos apontam para um aumento de casos de dengue recentemente, tanto de notificações quanto de confirmações. Até o momento, são 29 casos confirmados de dengue, entre eles 28 autóctones (contraídos no próprio território de residência) e 01 importado (contraído fora do território de residência).
A equipe de Saúde tem realizado ações de bloqueio e nebulização em áreas da cidade. As atividades com a aplicação de inseticidas em imóveis comerciais e residenciais fazem parte das ações da Vigilância Epidemiológica – Controle de Vetores para o combate ao mosquito da dengue. “Ressaltamos que a equipe da saúde realiza o trabalho devidamente identificada com crachá, e caso tenha alguma dúvida, a população pode entrar em contato com a Unidade de Saúde de seu bairro”, alerta.
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