A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou nesta terça-feira (30) a ampliação da reserva do fundo eleitoral para 2026, fixando o valor em R$ 4,9 bilhões. O montante supera em quase cinco vezes a proposta do governo federal, que previa R$ 1 bilhão, e repete o recorde de recursos destinados ao financiamento de campanhas em 2024.

O relator do Orçamento, deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), terá de reforçar o fundo por meio de cortes em outras despesas. A maior parte, R$ 2,9 bilhões, virá de emendas de bancada, enquanto R$ 1 bilhão será retirado de despesas discricionárias, usadas pelo Executivo em investimentos e custeio. A definição de onde ocorrerão os cortes ficará a cargo do relator.

Parlamentares defenderam que a medida “corrige” a proposta do Executivo e garante valores equivalentes aos destinados nas últimas eleições. A decisão foi aprovada de forma simbólica, sem objeção da base governista.

A proposta do Orçamento de 2026 ainda será votada em sessão conjunta da Câmara e do Senado e, depois, precisa ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Se mantido, o fundo eleitoral — formado com dinheiro público — será a principal fonte de financiamento das campanhas de 2026.