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1ª Marcha da Consciência Negra celebrou a resistência em Limeira

Em comemoração ao Dia da Consciência Negra, Limeira promoveu a 1ª Marcha da Consciência Negra, reunindo centenas de pessoas em um evento marcado por reflexões sobre igualdade, justiça social e celebração da cultura afro-brasileira. A iniciativa, que se destacou como um ato antirracista e de fortalecimento da resistência negra, também prestou homenagem ao legado de Zumbi dos Palmares, ícone da luta contra a escravidão no Brasil.

 

A concentração aconteceu na Praça Dr. Luciano Esteves, com os participantes marchando até o Teatro Vitória. No local, a programação cultural trouxe apresentações de música, dança e arte, protagonizadas por artistas regionais, enaltecendo a herança cultural negra.

 

Além disso, a Feira Preta foi um dos grandes destaques, com barracas de comidas típicas, bebidas e produtos artesanais, evidenciando o trabalho de empreendedores negros da região. O evento também contou com uma exposição de artistas locais, ampliando os espaços para visibilidade e reconhecimento do talento limeirense.

 

Durante a marcha, foi lido o manifesto oficial, que destacou a importância histórica do evento e suas demandas. "O Movimento Negro Existe e Resiste", declarava o documento, lembrando a trajetória de luta contra a escravidão, a falsa abolição e o genocídio sofrido pela população negra. O texto denunciou o racismo estrutural ainda presente no Brasil e reforçou o compromisso com políticas públicas que promovam igualdade e reparações históricas.

 

O manifesto também clamou por medidas concretas e sistêmicas para combater o racismo, envolvendo empresas, organizações da sociedade civil, governos e indivíduos em uma responsabilidade coletiva. "Enquanto movimento negro, cabe a nós reafirmar nossa determinação de empoderar quem foi silenciado por muito tempo e reafirmar que nossas vidas, nossas experiências e nossas vozes são valiosas e merecem todo respeito."

 

O evento prestou tributo a figuras históricas como Zumbi e Dandara dos Palmares, além de personalidades locais que marcaram a luta pela igualdade racial, como Padre Maurício, Elisa Gabriel e Galdino. "Marchar contra o racismo é lutar, celebrar, honrar o passado e influenciar políticas públicas."

 

FOTO: Chauanna Lima

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