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Focos de incêndio já superam o período de estiagem de 2023

Durante os meses de maio, junho, julho e agosto, tradicionalmente o estado de São Paulo passa por períodos mais críticos de estiagem, onde a falta de chuvas deixa a vegetação seca. Essa situação, somada a algumas atitudes de irresponsabilidade, provocam queimadas que podem causar sérios riscos. Com o aumento dos dias secos, a queda no nível da umidade no ar e do solo provocam um crescimento no risco de incêndios.

 

Em Limeira, os focos de incêndio registrados em maio deste ano superaram o total de queimadas do período de estiagem do ano passado, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em maio, foram registrados 64 focos de incêndio, enquanto de junho a novembro de 2023 foram 63. Esse aumento representa um crescimento de 1180% em relação a maio de 2023, quando foram contabilizadas apenas cinco queimadas.

 

A combinação de tempo quente e seco aumenta a probabilidade de incêndios, especialmente durante essa época de estiagem, quando as chuvas são escassas. Além disso, a atividade humana, como a queima de lixo e restos de poda, contribui significativamente para o aumento dos incêndios, apesar de ser uma prática ilegal. Em todo o país, com as condições adversas do clima enfrentadas nesses primeiros cinco meses do ano, o Brasil já se destaca e ocupa a 2ª posição no ranking de queimadas monitorado pelo Inpe.

 

O território brasileiro registrou entre 1º de janeiro e 4 de junho o total de 24.397 focos de queimadas. Com esse número, estima-se um aumento de 56% comparado ao mesmo período do ano passado. Um dos fatores causadores desses incêndios é, claro, a seca e o calor acima do normal, cenário que tomaram conta de grande parte do Brasil nos últimos meses.

 

Na sexta-feira (14), o governo federal instalou uma sala de situação preventiva para tratar sobre a seca e o combate a incêndios no país. De acordo com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, há um agravamento dos problemas de natureza climática e as consequências chegarão mais cedo este ano, com repercussão ambiental “muito grave”.

 

Em áreas verdes urbanas, por descuido ou deliberadamente, as pessoas têm provocado a queima de lixo e em terrenos baldios, atitude que tem requisitado bastante a ação das equipes de combate a incêndio do Corpo de Bombeiros. A recomendação é que a população não faça fogueiras nas proximidades de matas e florestas. O alerta é para motoristas que trafegam por regiões sujeitas a incêndios que devem ter atenção redobrada devido à visibilidade reduzida pela fumaça.

 

Com a umidade baixa, a população deve ficar atenta com incêndios criminosos e alertar o Corpo de Bombeiros. Orientam-se também os motoristas que trafegam por rodovias, a não jogarem cigarros na estrada, pois o contato com o as folhas secas aumentam a possibilidade de fogo no mato. A população pode entrar em contato com o Corpo de Bombeiros pelo 193 e com a Defesa Civil pelo telefone 199.

 

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