USTL critica falta de política de emprego em Limeira
A grave retração no número de vagas de trabalho geradas repercutiu em Limeira. Entre demissões e admissões, conforme a Gazeta divulgou nesta semana, foram 1.472 novas vagas no ano passado, contra 4.801 em 2022 – redução de 64%. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregos) do Ministério do Trabalho e Emprego, e para a USTL (União Sindical dos Trabalhadores de Limeira) parte da responsabilidade é da Prefeitura.
"Não temos uma política pública direcionada à geração de empregos, principalmente para o jovem que esta a procura do primeiro trabalho e não conta com nenhuma experiência. Limitamos a organizar mutirões, para auxiliar empresas com esta demanda. Uma política para atrair novas empresas, qualificação para suprir uma demanda de mão de obra especifica, e o incentivo para o primeiro emprego praticamente inexistem pelo poder público", apontou o presidente da União Sindical, Artur Bueno Júnior.
Em material enviado para a imprensa, o dirigente sindical aponta ainda a inoperância da Comissão Municipal de Emprego Limeira, espaço onde entidades representativas de empregadores e de empregados, elaboravam propostas e estratégias de cursos de qualificação, ou mesmo debatiam políticas de atração de empresas.
"Vemos em outras cidades as pesquisas que identificam setores em expansão, potenciais de investimento. Aqui, o Poder Público se limita a ouvir um pequeno círculo de empresários", prosseguiu o presidente da USTL. Ele também lembrou que os debates no contexto da Comissão Municipal de Emprego visam identificar as características peculiares das novas profissões, como a dos trabalhadores de aplicativos, as profissões em franco processo de extinção, e os efeitos da automação.
No final do ano passado, a Prefeitura divulgou que o PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) ofereceu 6.234 vagas de trabalho no ano de 2023 em Limeira. "Todas estas vagas foram preenchidas? Se não, a razão teria sido a falta de qualificação? A Prefeitura pode mais", concluiu Artur Bueno Júnior.
BRASIL
O país como um todo também gerou menos vagas em 2023, mas numa retração bem mais suave que Limeira. Foram 1,48 milhão de novas vagas geradas, contra 2,01 milhões no ano anterior – queda de 23%. "É preciso entender que alguma coisa está errada na nossa política de geração de empregos", finalizou o presidente da União Sindical.
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