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Acolhimento e metas realistas ajudam a lidar com a “síndrome do fim de ano”

A chegada de dezembro, muitas vezes, é celebrada como um período de alegria, festividades e reuniões familiares. No entanto, para algumas pessoas, essa época pode desencadear sentimentos de tristeza, angústia e melancolia. Vários fatores contribuem para que alguns indivíduos experimentem emoções negativas na chamada síndrome de fim de ano. Será que é o seu caso?

“O que eu fiz? Quais foram as conquistas que obtive? Será que já estou em um bom emprego ou consegui o relacionamento ideal? Casei? Tive filhos? Conquistei carro e casa? Nesse período, esses costumam ser questionamentos comuns. As pessoas acabam se cobrando muito. Com as reuniões em família, tais assuntos vêm à tona e podem promover preocupações em relação às expectativas do outro”, afirma a psicóloga da Hapvida NotreDame Intermédica, Ivana Teles.

 

A especialista conta que a virada de ano pode evocar lembranças dolorosas de perdas passadas, separações familiares ou eventos traumáticos. Nessa perspectiva, as festividades podem intensificar o desânimo para algumas pessoas.

 

“Você precisa analisar por qual razão esse momento lhe deixa entristecido, ansioso ou angustiado. Seria o fato de retomar o contato com os parentes? Lembrar metas que não foram alcançadas? Sentir saudade de alguém que partiu? É preciso entender essas questões e buscar ajuda para que os próximos ciclos sejam mais leves”, ressalta Ivana.

 

GRATIDÃO E ACOLHIMENTO

 

E que tal relembrar tudo o que você conquistou até aqui? Focar nos pontos positivos do seu ano também é uma boa estratégia indicada pela psicóloga. “Somos seres humanos! Estamos aqui para aprender e errar. Tenho certeza de que você fez o melhor que pôde ao longo de todo esse ciclo. Se for a questão da saudade, relembrar os bons momentos e focar nas boas lembranças ajudam bastante”, sugere.

Pensar demais nas questões que causam angústia podem potencializar essas emoções. Inverta essa situação criando novas atividades. “Crie uma nova rotina, tenha práticas esportivas e esteja com quem você ama. Não devemos ignorar completamente os problemas e os estresses, mas também é preciso exercitar o olhar de gratidão pelo que aconteceu de bom e, além de tudo isso, traçar metas tangíveis para os tempos vindouros”, enaltece.

 

Conhece alguém que esteja passando pela síndrome de fim de ano? Então, a dica é: não julgue, acolha! Além disso, caso essa angústia esteja muito intensa, não deixe de procurar um profissional indicado para ajudar a passar da melhor forma possível por esse ciclo.

 

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