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Comércio tem projeção otimista para contratação de temporários

 

Entidades do comércio citam que estabelecimentos iniciaram as contratações para o final de ano

 

Com a proximidade do final de ano e ações como a Black Friday e horários especiais para o Natal, o comércio inicia a ampliação de contratação de temporários. Tanto em números nacionais, como em entidades locais, as perspectivas são otimistas para ampliação de equipes e geração de emprego e renda.
A perspectiva da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) para a o mercado de trabalho na reta final do ano é otimista: 2023 deve ter 262 mil vagas temporárias, um aumento de 8,14% em relação a 2022. O número é o mais alto desde 2014, quando foram geradas 299,7 mil vagas. O maior empregador será o comércio, com previsão de 173 mil postos no país.
Em Limeira, o Sindicato Patronal do Comércio Varejista, o Sicomércio, tem boas expectativas para o setor. “Não temos ainda números exatos mas sabemos que existem contratações para o período de final de ano. Há uma perspectiva de melhores vendas, então haverá contratação de temporários. A estimativa é, pelo menos, no mínimo de 50 a 70 vagas temporárias. Isso é uma perspectiva que esperamos que ocorra”, cita o presidente Martim Clementino.
O Sindicato dos Comerciários de Limeira (Sinecol) cita que o setor já iniciou as contratações que devem se intensificar. De acordo com o presidente da entidade, Paulo Cesar da Silva, os temporários devem ampliar as equipes em 10%. “A orientação que damos, tanto para lojistas como contratados, é que seja feito o contrato de experiência ou comprazo determinado, assegurando os direitos do trabalhador e também das empresas”, cita ele.
Segundo a CNC, o segmento de hospedagem e restaurantes contribuem com 63 mil vagas no país. Em terceiro lugar, estão os transportes, com 17 mil vagas, seguido das atividades culturais e outros setores, que estão projetando um total de 7.651 postos. O Estado de São Paulo lidera as projeções regionais, com uma estimativa de 81 mil vagas temporárias para 2023.
A faixa etária entre 18 e 24 anos é a que mais procura essas oportunidades, representando 88 mil vagas, seguida pela parcela entre 30 e 39 anos, com 62 mil empregos. O salário médio deve ficar em torno de R$ 1,8 mil, um aumento de 6,1% em relação ao ano passado. Com a inflação atual em cerca de 4,5%, os trabalhadores podem ter ganho real de até 2%, o que é um sinal promissor em meio à recuperação econômica.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, lembra que, desde 2014, o País luta para retomar a marca de 300 mil postos de trabalho temporário por conta de uma série de desafios econômicos vivenciados, incluindo a recessão ocorrida entre 2015 e 2016, seguida pela queda da atividade econômica durante a pandemia de Covid-19. “No entanto, agora, pela primeira vez em uma década, o Brasil parece estar se organizando de forma mais eficiente, e isso é especialmente notável nos setores de comércio e serviços, que representam mais de 90% das vagas”, afirma o presidente da Confederação.

EFETIVAÇÃO

A taxa de efetivação dos empregos temporários depende da perspectiva para o início do ano seguinte. A expectativa dos empresários é positiva, de acordo com a Confederação Nacional, com a previsão de que 12% das vagas temporárias se tornem efetivas no início de 2024.
Esse otimismo é alimentado pela melhoria das condições de consumo, uma vez que a inflação, que atingiu mais de dois dígitos no ano passado, agora está em torno de metade desse valor. Apesar do crescimento do comércio eletrônico, as lojas físicas ainda desempenham um papel fundamental no mercado de trabalho, segundo a CNC.

 

 Foto Valter Campanato/ Agência Brasil
Confederação Nacional do Comércio tem estimativa positiva para contratações de fim de ano

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