Limeira tem média de 4 a 5 captações de órgãos por ano
Principal desafio da doação de órgãos hoje, é realmente o consentimento das famílias nessas situações
Entre os assuntos mais comentados na última semana está o tema doação de órgãos. O tema vem à tona após o apresentador Fausto Silva ser incluído na fila única para transplante. Ele necessita de um coração. Em Limeira, o Hospital Santa Casa possui uma Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos. Ela é formada por profissionais de diversas frentes na área da Saúde.
De acordo com coordenador do Departamento de Neurocirurgia e coordenador da Comissão, Dr. Marcelo Senna, a equipe multidisciplinar da Santa Casa atua na conscientização e captação desses órgãos sempre que é possível.
“A Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos tem a função de regular o processo de doação de órgãos dentro da instituição. Ela é formada por médicos, enfermeiros e fisioterapeutas que recebem um treinamento dentro deste processo de doação para que a família seja abordada quando pode ocorrer uma situação de possível doação e que seja feito de maneira profissional e humanizada para que a família, no momento de dor, possa discutir o assunto sem gerar mais traumas que a situação que ela está passando”, informa.
A fila para a realização de transplantes é única e compete ao SUS. Portanto, não é possível saber quantos limerenses aguardam na fila por um novo órgão. “A fila não é dividida por municípios. Ela vai para uma central regional e nacional e não temos acesso à ela”, informa o médico.
NÚMEROS
De acordo com o profissional, a equipe realiza uma média de captação de 10 a 15 córneas por mês e uma captação de órgãos a cada dois ou três meses. “Em 2022 tivemos uma média de 4 a 5 captações de órgãos e 150 a 200 captações de córneas”.
O principal desafio da doação de órgãos hoje, conforme o profissional, é realmente o consentimento das famílias nessas situações. “A melhor maneira é fazer com que as pessoas se conscientizem. É comprovado que os países que mais doam órgãos no mundo são os que mais divulgam e mais se fala sobre o assunto”.
Para ele, é importante colocar esse desejo das pessoas que o tem nas rodas familiares e conversas com amigos “para que seja tema recorrente para que sempre seja um desejo manifesto e que, numa situação trágica, ele possa virar um doador”, finaliza.
Foto Arquivo/Unicamp
Unidade em Limeira possui Comissão Intra-hospitalar Doação de Órgãos
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