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Pais e responsáveis pedem mais segurança nas escolas

Com objetivo de pedir mais segurança nas instituições de ensino, pais e responsáveis de alunos criaram um grupo por meio do WhatsApp para cobrar medidas dos poderes Executivo e Legislativo. A mobilização acontece após o ataque a creche de Blumenau que deixou quatro crianças mortas e outras feridas. O crime chocou o país e tornou ainda maior a preocupação com a segurança das crianças e adolescentes nas escolas.

Com a grande adesão de participantes no grupo, os pais também se organizaram e usaram a Tribuna Livre da Câmara de Limeira na noite de ontem. Representados por uma das administradoras do grupo, Daniele pediu mais segurança e projetos concretos e imediatos para inibir possíveis ataques nas escolas municipais, estaduais e particulares de Limeira. “Não quero que minha filha tenha medo de ir à escola”, afirmou.

O tema também foi amplamente discutido na Câmara pelos vereadores e representantes de segurança pública. À frente da 1ª Cia. da Polícia Militar em Limeira, o capitão Herlon de Paula destacou o trabalho da segurança na cidade. Ele enfatizou que além das rondas escolares, a PM também realiza palestras e um trabalho preventivo nas escolas. Também destacou que é preciso cobrar uma legislação federal mais rígida, já que as forças policiais precisam cumprir as leis impostas no país. Ele destacou que a preocupação aumentou nos últimos dias, assim como as rondas escolares foram ampliadas. “A principal questão da segurança é a família, esses adolescentes não só entraram nas escolas armados, mas eles saíram de casa armados. É preciso que os pais olhem as mochilas e as redes sociais, principalmente de adolescentes. Que se perceba condutas que transpareçam revolta, por que muitos desses ataques estão voltados ao bullying. É necessário a família estar acompanhando melhor, principalmente os adolescentes, estamos procurando estender cada vez mais o cobertor da segurança pública para as famílias de Limeira”, disse.

O secretário de Segurança Pública e Defesa Civil de Limeira, Wagner Marchi, também falou na Tribuna Livre. Ele destacou o programa denominado de “tolerância zero”, com a finalidade de combater de forma contínua a violência em Limeira. Marchi também enfatizou que as estruturas das escolas vêm sendo melhoradas. “Desde a última quarta-feira, as equipes operacionais vêm realizando paradas obrigatórias e inspeções nas escolas e isso vai se estender pelo tempo que for necessário. Foi feito uma reunião com os diretores e gestores das escolas e essa criminalidade vai ser combatida com maior eficácia”, destaca. Ele também respondeu aos pais presentes em plenário revoltados e preocupados com a atual situação nas escolas.

Os vereadores também discutiram o tema. Além de moções e requerimentos, o projeto de lei de 2019, de autoria da vereadora Lú Bogo também entrou na pauta do dia, mas será votado na próxima semana. O projeto assegura aos usuários do sistema de Educação Pública Municipal, a instituição de um Dispositivo de Alerta de Segurança (DAS). O DAS consistirá em dispositivos eletrônicos ou aplicativos de smartphone, para a segurança preventiva nas escolas municipais, podendo ser disponibilizados aos diretores, coordenadores, professores e outros, e que uma vez acionado alerta imediatamente a GCM (Guarda Civil Municipal) de Limeira e, consequentemente as demais forças de segurança do município. A vereadora Isabelly Carvalho (PT) também reforçou em indicação para que à Prefeitura realize estudos para viabilizar a implementação do “Botão do Pânico” nas escolas públicas do município. Os vereadores Nilton Santos e Jú Negão também solicitaram a Guarda Civil Municipal (GCM) nas escolas públicas do Município durante todo o período de funcionamento. Os parlamentares também criticaram a falta de segurança não só nas escolas, mas em condomínios e nas ruas de Limeira.

 

 

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