Hanseníase: saiba quais os sinais, como prevenir e o tratamento
A hanseníase apresenta evolução no tratamento. A medicação existente, nos dias atuais permite que o paciente antecipe seu retorno ao convívio social. As avaliações são do médico dermatologista Diogo Pazzini, do grupo Hapvida NotreDame Intermédica. O diagnóstico precoce amplia as chances de resultados positivos nesse tratamento, ainda segundo o médico.
Os relatos de casos de hanseníase, na população, são antigos. Daí, veio também o preconceito, que gerou, muitas vezes, isolamento do paciente em níveis bem radicais. Popularmente chamada de "lepra", é uma doença infecciosa crônica, causada por uma bactéria, o Bacilo de Hansen. Grande parte das pessoas já possui resistência natural à hanseníase.
Porém, a transmissão ocorre quando uma pessoa doente, que ainda não tenha passado pelo tratamento, elimina o bacilo por meio de secreções nasais, tosses ou espirros. Outro ponto importante é que os sintomas podem surgir muito tempo depois, em períodos que variam de dois a sete anos após a contaminação.
"Quanto mais cedo for o diagnóstico, melhor. Hoje, há um tratamento que cura a doença e interrompe a transmissão, além de evitar sequelas", conta o dermatologista. Esta detecção rápida é fundamental, porque a hanseníase, em sua fase inicial, afeta a pele e os nervos, surgindo lesões.
Risco de sequelas
A demora no tratamento tende a causar sequelas incapacitantes. A perda da sensibilidade e alterações motoras são algumas delas. Em fase mais aguda, a doença gera deformidades. Neste estágio, já há comprometimento neurológico do paciente.
A boa notícia é a evolução no tratamento. Disponíveis na rede pública, os medicamentos são eficazes. O paciente deixa de transmitir a doença logo após a primeira dose do medicamento. Assim, não precisa mais ficar isolado, medida comumente adotada ao longo da história e que gerou esse preconceito com os portadores da doença.
"Vencemos o preconceito em torno da hanseníase. Hoje vemos que esse isolamento radical não faz o menor sentido", comenta dr. Diogo. As campanhas de esclarecimento também são outro ponto destacado pelo médico na luta contra o preconceito.
Os principais sinais da hanseníase são manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele, com uma perda de sensibilidade. Formigamento nos membros é outro sintoma. "Nesse caso, a pessoa deve procurar imediatamente o médico para poder ter um exame detalhado e, se necessário, o tratamento correto", afirma o dermatologista.
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