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Amamentação une saúde e vínculo emocional, diz médica

A amamentação representa uma prática que traz saúde ao bebê. Ao mesmo tempo, aproxima ainda mais mãe e bebê, num dos momentos mais importantes da vida para eles.

A médica pediatra Lúcia Sartorelli, do Hapvida NotreDame Intermédica, reforça esse posicionamento. "O leite materno é uma fonte que vai além dos nutrientes. Há uma importância muito grande pela criação de vínculo emocional com a mãe. Por isso, aproveitar essa fase para também ficar ao lado do bebê é importante", diz a médica.

Especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria, a Dra. Lúcia avalia que há um esforço muito grande por parte das mães. "Considero que muitas mães, nesse período, são autênticas guerreiras", avalia.

No entanto, a informação também é necessária, visto que a paciente já passou por outras duas experiências impactantes anteriormente – a gravidez e o parto.

As dúvidas aumentam quando há registro de situações, como a dor no seio durante o período de amamentação. O entendimento do cenário ajuda no enfrentamento das dificuldades naturais dessa etapa, segundo a Dra. Lúcia.

Amamentar é uma prática que requer cuidados dentro do cotidiano das famílias. "Na hora da amamentação, a mãe e o bebê têm que estar numa posição confortável, e o bebê com o corpo totalmente voltado para a mãe", orienta a médica. O recém-nascido não se sentirá bem caso esteja com o pescoço torto, por exemplo.

A sucção é outro ponto a ser avaliado. A boca do bebê precisa estar bem aberta, o que pode ser confirmado com o lábio inferior distante do superior. Na pediatria, a posição ideal é chamada popularmente de "boquinha de peixe".

E quando os seios doem?

As dores no seio resultam, muitas vezes, de fissuras ou ressecamentos mamários. Caso ocorram lesões, a mãe pode utilizar pomadas prescritas pelos médicos. A Dra. Lúcia cita inclusive o emprego do leite materno. "Para amenizar, muitas vezes orientamos a mãe a passar esse leite materno ao redor dos seios", afirma.

A importância do procedimento pode ser explicada inclusive pela ausência de outra dieta na fase inicial da vida. "O recomendado é que o leite materno seja exclusivo até os 6 meses de idade, podendo se estender até os 2 anos. No início, não se deve dar chá ou leite de vaca, pois o organismo da criança não está preparado", afirma a médica.

Os nutrientes trazidos pela amamentação ajudam, por exemplo, a proteger o bebê de infecções e pneumonia. O leite materno deixa o organismo menos suscetível a doenças que geram diarreia, que enfraquece o organismo.

A mãe também pode reservar outros períodos do dia para permanecer com a criança, brincando ou lendo um livro. Essa prática amplia os laços emocionais e influenciam para uma amamentação mais tranquila.

Fórmulas e desmame

Caso a amamentação não seja possível, a mãe deve procurar auxílio médico. Fórmulas infantis são indicadas em parte dos casos, como no nascimento prematuro. "A mãe não pode se desesperar e dar, por exemplo, leite de vaca, chás e sucos até os 6 meses de idade", alerta a Dra. Lúcia.

O leite de vaca, por exemplo, é contraindicado até o primeiro ano de vida. Há risco de comprometimento dos rins do recém-nascido. Sob prescrição médica, as fórmulas ajudam o bebê. "O tratamento busca aumentar os nutrientes, fornecendo, por exemplo, substâncias de desenvolvimento cerebral para o bebê. A avaliação médica apontará qual a melhor fórmula que se adequa a cada bebê", diz a Dra. Lúcia.

Os pediatras também preferem não fixar uma idade em que a criança deve deixar de mamar. A Dra. Lúcia conta que o processo está cada vez mais humanizado, dentro do que se passou a chamar de "desmame gentil". "Muitas mães chegam ao consultório hoje e deixam claro que querem um desmame natural, sem traumas. Isso é o recomendável", diz a médica.

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