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Limeirense desenvolve projeto de dança internacional da Unesco

Marcela Zia é bailarina profissional, coreógrafa e diretora de artes com carreira e vivência internacional. Formada em dança pela Escola da Ópera de Leipzig, na Alemanha, também atua em um projeto de destaque na Flórida, Estados Unidos. Graduada em Relações Internacionais, a diretora da MZ Internacional Trade, uma empresa de consultoria em comercio internacional uniu suas duas paixões e hoje desenvolve pesquisas na área de Diplomacia Cultural, pauta que chamou a atenção da Sessão do Concelho Internacional de Dança da Unesco, onde foi convidada para realizar trabalhos.

Sua carreira começou aos 15 anos, quando foi contemplada com uma Bolsa de Estudos integral para escola, onde atuou como bailarina principal de ballets como “O Quebra Nozes”. Além disso, participou do Concurso Internacional “Prix de Lusanne” além de ser uma das dançarinas convidadas da Companhia de Dança da Ópera de Leipzig.

Aos 17 anos, passou na concorrida audição do Ballet da Ópera de Berlim, onde integrou a Companhia de Dança por 5 anos, se apresentando como corpo de baile, demi-solista e solista, na Alemanha.  Nesse processo seletivo era mais de 300 bailarinos para somente duas vagas, e ela foi a única latino-americana naquela época a fazer parte da Companhia. Dançou ao lado de bailarinos mundialmente famosos, como Poliana Seminova e Vladimir Malakhov.

No Brasil, dançou como bailarina solista da São Paulo Companhia de Dança e também integrou o Balé da Cidade de São Paulo, e  atuou como professora e coreógrafa de dança em diversas escolas de dança no Brasil e já dirigiu projetos de intercâmbio cultural, como por exemplo, o projeto "La Danza dei Fili", realizado em parceria com a Prefeitura de Campinas, quando ela trouxe ao Brasil uma artista plástica italiana e coreografou um espetáculo no Teatro Castro Mendes que envolvia várias artes, como dança, música, teatro, poesia e pintura. O projeto contou com a participação de 4 escolas de dança das cidades de Limeira, Piracicaba e Campinas.

“Depois de ter realizado o meu sonho de dançar em grandes companhias de dança, de ter atuado como professora e coreógrafa de dança, como diretora de projetos culturais, e de ter mais de 15 anos de experiência na área de relações internacionais, eu sinto que hoje eu consigo unir as minhas duas áreas de atuação e colocar em prática a minha expertise para a realização de projetos que trazem benefícios não somente para indivíduos, mas também para os países”, pontuou.

Para Marcela a dança significa algo muito além do movimento, significa também paixão, conexão, expressão da alma. “Quando estou dançando, eu me sinto no lugar certo, sinto pertencimento, uma alegria infinita e um prazer enorme em poder trocar energia com o público. Por meio da dança eu consigo me conectar com a minha essência, acessar os meus sentimentos mais profundos e exteriorizar aquilo que sinto por meio dos movimentos. E, principalmente, consigo me conectar com pessoas por meio da linguagem corporal, que é uma linguagem que vem de dentro, de forma genuína e direta, sem passar por pensamentos ou pré-julgamentos”, disse Marcela em entrevista à Gazeta .

A limeirense é fonte de inspiração para vários artistas espalhados pelo mundo que vivem pela dança. “Para os jovens que estão tentando carreira pela dança, eu digo o seguinte: se você tem paixão pela dança e sonha em construir uma carreira, olhe para onde você quer chegar e se enxergue verdadeiramente naquele lugar. Siga o seu caminho com motivação, persistência, resiliência, humildade, força e muita, muita fé. O sonho tem que ser maior do que qualquer coisa, pois assim os caminhos se abrem e a força sempre surge para que os obstáculos sejam transpassados. Nunca perca o brilho no olhar, mantenha a paixão pela dança viva e vibrante, se entregue e se esforce para ser cada vez melhor, buscando constantemente aprender com outros dançarinos que te inspiram. Se for para fazer comparações, que seja sempre com você mesmo, buscando avaliar o seu progresso. Considere somente as críticas construtivas, e não permita entrar em um lugar de vulnerabilidade, pois a opinião do outro não deve definir quem você é. E não se esqueça: a dança é um universo infinito de possibilidades. Ela te permite abraçar o mundo, se conectar com pessoas, viajar e conhecer novos lugares e, principalmente, ser quem você quer ser”, destaca.

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