Alice Canaña é uma das grandes promessas do skate na região
O skate como modalidade esportiva ganhou destaque pela chegada das Olimpíadas de Tóquio 2020. Mesmo com a oficialização do esporte, o skate ainda sofre preconceito e é marginalizado. Aos 11 anos a limeirense Alice Canaña já deixa para trás atletas mais experientes. Nesse sábado (13) ela é um dos grandes nomes de sua categoria na primeira etapa do Circuito Paulista de Skate Park/Bowl 2022 Feminino, em São Bernardo dos Campos, na Jump the Gap.
Alice Canaña, atualmente está na modalidade Skate Park treinando no Brothers Skatepark, uma modalidade que é praticada em um parque construído para se andar de skate. Uma espécie de piscina gigante “bowl” que agrega corrimãos, caixotes, rampas de vert, vulcões e outros obstáculos, onde é possível sair de um e seguir para outro em um só fluxo.
Com grande potencial para se tornar um dos grandes nomes da região, ela destaca sua paixão pelo esporte. “Com apenas 7 anos, resolvi pedir um skate aos meus pais no dia das crianças, e foi ali que tudo começou. Acho que o skate é um estilo de vida, quando eu estou encima dele eu me divirto muito com meus amigos. Ele é muito importante na minha vida, acho que não existe mais Alice sem skate, eu diria que esse esporte é a melhor coisa que já me aconteceu”, disse Alice em entrevista para a Gazeta.
DIFICULDADES DO ESPORTE
No Brasil dá para contar nos dedos as mulheres que conseguem praticar o esporte profissionalmente, isso devido à invisibilidade das mulheres dentro deste cenário. Mesmo com a inserção do skate aos jogos olímpicos, a popularidade do esporte não tornou esse cenário um dos quais apoiam e incentivam as mulheres com os requisitos necessários para sua prática profissional.
“Nem sempre o mais talentoso chega lá, infelizmente nos dias de hoje, bons atletas acabam abandonando o esporte por falta de oportunidade, patrocínio e principalmente por chegar em um ponto que não dá mais para caminhar sozinho”, disse Patrícia, mãe da Alice.
A inclusão do esporte nas Olimpíadas e as conquistas brasileiras já repercutiram para o investimento no skate crescer, mas ainda não é o suficiente para o esporte. Mais do que grandes marcas, que só visam lucrar e não se aprofundam na importância social do skate, esse esporte tem o potencial para ser um dos mais reconhecidos no país, basta um incentivo financeiro maior por parte dos órgãos públicos da cidade.
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