Foto de capa da notícia

Sindicato denuncia perseguição à servidores de Limeira que disputaram as eleições de 2020

O Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Limeira enviou uma nota oficial, na tarde de ontem, denunciando possíveis atitudes contra os servidores que foram candidatos em oposição ao prefeito Mário Botion nas eleições de 2020. Segundo a nota, eles são alvos de processos disciplinares e sofrem perseguição.

“Desde a descompatibilização para a campanha das eleições municipais de 2022 o prefeito Mário Botion determinou a instauração de Processo Disciplinar contra servidores públicos que não fazem parte da sua base eleitoral, entre eles, um servidor que se candidatou a vereador por um partido de oposição e que, divulgou em suas redes sociais antes do segundo turno um vídeo onde críticas eram proferidas ao então candidato à reeleição da Prefeitura de Limeira. Na época, foi lavrado boletim de ocorrência, mas não houve representações ou ajuizamento de ação na razão previsto em lei”, informou.

O Sindsel também informou que a Portaria que determinou a instauração do processo “omitiu a informação de que os fatos ocorreram em Período Eleitoral, no qual o servidor se encontrava afastado, graças a licença concedida a partir de sua candidatura à uma vaga na Casa Legislativa”. “Apurou-se também que o Ceprosom puniu o servidor que supostamente teria feito o vídeo, levando o caso à Câmara Municipal para que esta apurasse irregularidades no armazenamento e distribuição de cestas básicas no período eleitoral”, disse.

Outros servidores também estão sendo alvos de processos disciplinares. Um dos casos é de uma servidora que concorreu em 2020 e está sendo processada por motivo banal, desproporcional, em uma nítida tentativa de intimidá-la e calar sua voz. O outro caso é de um Guarda Civil Municipal que disputou as eleições municipais como candidato a vereador, e que postou um vídeo durante o período de folga proferindo críticas à administração local. O GCM já está respondendo a um processo disciplinar e denúncia "Para me constranger, durante a campanha me obrigaram a comparecer na Corregedoria da Guarda Civil Municipal e prestar esclarecimentos".

A diretora do sindicato Nicinha Lopes comenta: "Não vamos nos calar diante de qualquer tipo de perseguição, cala-boca a Servidores Públicos, nem tampouco a ameaças de exoneração fundamentadas por cunho político. A pedido dos servidores também realizamos uma denúncia ao ministério público apontando os fatos citados".

A direção do Sindsel finaliza destacando que não pode permitir que os políticos usem seu poder para intimidar ou retirar a liberdade de escolha das pessoas. A Gazeta procurou a assessoria de imprensa da Prefeitura, mas não obteve nenhuma resposta até o fechamento desta edição.

 

 

Comentários

Compartilhe esta notícia

Faça login para participar dos comentários

Fazer Login