Nesta semana, os vereadores aprovaram por unanimidade a inclusão do Dia Municipal de Conscientização da Hemofilia no Calendário Oficial do Município. A iniciativa do Projeto de Lei do vereador Dr. Júlio (União Brasil), tem como objetivo levar ao conhecimento da população informações sobre a doença e o tratamento.

A campanha será realizada anualmente em 17 de abril, data em que também é celebrado o Dia Mundial da Hemofilia e que marca o nascimento do fundador da Federação Mundial de Hemofilia (FMH), Frank Schnabel, portador de hemofilia A grave. "Esta propositura busca conscientizar não apenas a população, mas principalmente o poder público para o problema, chamando a atenção à necessidade de se alocar recursos financeiros para assegurar um programa de atenção global aos pacientes e aumentar o acesso dos pacientes ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado", ressaltou Dr. Júlio.

Conforme informações apuradas pelo vereador, 14 mil pessoas no Brasil têm a doença, de acordo com a Associação Brasileira de Pessoas com Hemofilia (Abraphem). "É o terceiro país do mundo com mais casos", destacou. “É uma patologia que afeta um número pequeno de pessoas, felizmente, mas precisa de uma atenção específica e o tratamento é por transfusão de sangue”, defendeu.

Segundo o proponente, a doença pode ser classificada conforme a quantidade do fator deficitário, em três categorias: grave, moderada e leve. "Neste caso, às vezes, a enfermidade passa despercebida até a idade adulta. Nos quadros graves e moderados, os sangramentos repetem-se espontaneamente. Em geral, são hemorragias intramusculares e intra-articulares que, primeiro, desgastam as cartilagens e depois provocam lesões ósseas", apresentou.

Os principais sintomas de pessoas com hemofilia são dor forte, aumento da temperatura e restrição de movimento, apontou o projeto. "As articulações mais comprometidas costumam ser joelhos, tornozelos e cotovelos. A situação é tão grave que uma hemorragia no cérebro, geralmente, leva a pessoa à morte", destacou.