Autonomia e monitoramento: o desafio de cuidar bem dos idosos
O mês de junho é um importante momento do calendário para as famílias no Brasil e no mundo. O "Junho Violeta" chama a atenção da sociedade para a conscientização sobre a violência contra a pessoa idosa.
Coordenador do time de Médicos da Família do Sistema Hapvida, Dr. Bruno Sampaio destaca que o desafio de cuidar bem da pessoa idosa é uma questão cada vez mais presente na vida das famílias. Em menos de 10 anos, a porcentagem de pessoas nessa faixa etária quase dobrará no Brasil.
"Precisamos garantir aos idosos autonomia. Porém, temos que manter o monitoramento para eventuais sinais de adoecimento", recomenda Bruno Sampaio.
No quesito autonomia, três fatores essenciais são destacados pelo médico:
. O idoso precisa reservar um tempo para praticar atividades físicas;
. A alimentação deve ser saudável;
. O cotidiano inclui uma vida social ativa.
Já a família precisa estar atenta a eventuais sinais de adoecimento. O médico do Hapvida cita três pontos essenciais:
. Monitorar eventuais alterações do sono;
. Estar atento a mudanças no apetite;
. Acompanhar o humor do idoso, principalmente, diante de sinais de agressividade, ansiedade e depressão;
Se necessário, familiares e cuidadores devem buscar auxílio de um profissional de saúde, quanto a esses fatores. A orientação ajuda no desenvolvimento de um cotidiano mais saudável para os idosos.
Envelhecimento saudável
O "Junho Violeta" foi criado em 2006 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa. A Organização Mundial da Saúde (OMS) escolheu o período entre 2021 e 2030 como "a década do envelhecimento saudável". As iniciativas buscam ampliar o debate sobre o tema e combater agressões e tratamentos abusivos dentro e fora do ambiente familiar.
Mesmo com as estatísticas afetadas pela pandemia, o Brasil vive o que os técnicos chamam de transição demográfica. Desde os anos 1970, o país vem deixando de ser um lugar onde há muitos nascimentos e as pessoas acima de 60 anos não ampliam a expectativa de vida.
O Brasil experimenta uma progressiva queda da taxa de natalidade e o aumento da longevidade de sua população. O último dado oficial do IBGE aponta 31 milhões de idosos no país, o equivalente a mais de 15% da população – em 2010, essa proporção era menos da metade, 7,3%.
Acima da questão numérica, há o novo cenário para a sociedade. O brasileiro vive 30 anos a mais hoje do que na década de 1940. "É cada vez maior o desafio de cuidar bem dessa população", afirma o Dr. Bruno Sampaio. "Em 2030, os idosos representarão 25% do total de brasileiros", cita.
Dr. Bruno Sampaio
Coordenador do time de Médicos da Família do Sistema Hapvida
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