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Em visita a Limeira, promotora destaca o projeto “Justiceiras”

Possibilitando uma orientação para que mulheres em situação de violência realizem quando desejarem, o boletim de ocorrência online ou presencial, ou façam o pedido de medidas protetivas, nasceu no Brasil o projeto “Justiceiras”, tendo como uma das idealizadoras a promotora de Justiça Dra. Gabriela Manssur. Em visita à Limeira nesta semana, a especialista na defesa e promoção dos direitos das mulheres falou sobre a primeira rede interdisciplinar online do país.

O “Justiceiras” foi projetado em meio à preocupação com o aumento dos casos de violência doméstica durante o isolamento social. “Para se ter uma ideia, somente em março de 2021 foram decretadas 2.500 medidas protetivas em caráter de urgência, enquanto, no mês anterior, em fevereiro, foram 1.934. Houve também o aumento no número de prisões em flagrante devido a casos de violência doméstica em aproximadamente 50%. Em fevereiro, foram registradas 177, e, em março, subiram para 268”, disse.

Em entrevista para a Gazeta, Gabriela explicou que esse período despertou em muitas pessoas a vontade de ajudar, um sentimento de generosidade e solidariedade com o próximo. “É uma rede de mulheres unidas para informar e, antes mais nada, apoiar, fortalecer e encorajar as meninas e mulheres que estão em situação de violência doméstica. Caminhando nessa esteira, o projeto reuniu essas mulheres que acreditam que sim, existe vida após a violência e formaram um grande exército de voluntárias”, explica.

O projeto é uma parceria entre os Institutos Justiça de Saia, presidido pela sua idealizadora e promotora Gabriela Manssur, Instituto Bem Querer Mulher, presidido pelo empresário João Santos e Instituto Nelson Wilians, presidido por Anne Wilians. O grupo é formado por uma advogada, uma psicóloga, uma assistente social, uma rede de apoio e acolhimento e uma gerenciadora. “Elas entram em contato e vão dando o suporte a vítima e acolhimento necessário”, disse.

A promotora atua há mais de 20 anos na defesa dos direitos das mulheres. Em Limeira, ela participou de eventos na Câmara Municipal, na 35ª Subseção da OAB, se reuniu com representantes da área de segurança pública da cidade e falou sobre o projeto Justiceiras para alunos da Escola Estadual Irmã Maria do Santo Inocêncio Lima. Além do Justiceiras e do Instituto Justiça de Saia ela integra o Movimento pela Mulher, Tempo de Despertar e Movimento Nacional de Mulheres do Ministério Público e é integrante do Comitê Nacional Impulsionador Eles por Elas (He for she) da ONU Mulheres e do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica do Ministério Público do Estado de São Paulo (Gevid). 

Para atender ainda mais meninas e mulheres vítimas de violência doméstica, os institutos pretendem reunir o maior número possível de mulheres voluntárias nas áreas do Direito, Psicologia e Assistência Social de todo o Brasil, para que acolham, apoiem e prestem orientação técnica à distância, por meio do atendimento virtual. “Também há busca por mulheres que desejem compartilhar experiências de vida, profissional e que possuem empatia com o tema da violência contra a mulher, em exercício de solidariedade e esperança”, disse. Para ajudar e ser ajudada, basta acessar o site oficial https://justiceiras.org.br/

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