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Dia das mães: conheça sete dicas importantes para saúde emocional das mulheres

O Dia das Mães está cada vez mais relacionado à saúde emocional das mulheres, principalmente, com a pandemia. Alguns pontos que comumente entram em debate, nesta época do ano, apresentam novas conotações, como a maternidade e as questões profissionais. Neste contexto, um dos temas em questão é o chamado “padrão de ajuda”. A divisão das tarefas domésticas e do cuidado com os filhos não pode estar atrelada ao termo “ajuda”, mas sim dentro de uma realidade em que todos que compartilham um lar devem participar. A opinião é da psicóloga Ivana Teles, do Sistema Hapvida. Veja a seguir sete dicas que a especialista oferece sobre os cuidados com saúde emocional das mulheres.

 

1>> Ter a saúde emocional adequada é um desafio para toda mãe

“Cuidar da saúde não é fácil. No caso da mulher, há um desafio que acaba sendo maior, pois inclui a saúde emocional. Existe uma carga, muitas vezes imposta à mulher, que precisa cuidar da casa dos filhos, da família. Ao mesmo tempo, ela vem conquistando espaço no mercado de trabalho, surgindo, então, uma sobrecarga de atividades. Ela tem que ser uma boa profissional, uma boa mãe, uma boa esposa, uma boa dona de casa. O resultado disso aparece em pesquisas que mostram a mulher sobrecarregada. As mães, em especial, trazem sinais de depressão e ansiedade. São sinais que, muitas vezes, ficam escondidos justamente porque a sociedade como um todo aponta que ela precisa dar conta. As mulheres assumem esse papel de que precisam ser boas os suficientes para os outros e acabam se deixando em segundo plano.” 

2>> Dificuldade de cuidar de si

“Nesse cenário, a tendência é a mulher ter uma dificuldade de cuidar de si, de priorizar a si e a sua saúde mensal. Aparecem, então, sinais de ansiedade, depressão, tristeza, apatia e desmotivação. E aí ela vai deixando de fazer coisas que ela gostava de fazer, de ter atividades prazerosas, momentos de autocuidado, enfim vai deixando o papel de mulher de lado. É importante falar sobre isso, nesta época, pois temos que dizer que elas não são apenas mães. São mulheres, muitas vezes sobrecarregadas com toda essa realidade que vem surgindo para ela.” 

3>> Tomar consciência e colocar limites

“Nesse contexto, tomar consciência é um ponto fundamental, para, a partir daí, começar um processo de colocação de limites e de divisões das atividades domésticas e das atividades vinculadas aos filhos. São atividades que não podem ficar ligadas exclusivamente às mulheres. É importante ter uma divisão dentro de casa entre o pai e a mãe. Quem vai cuidar dos filhos, quem leva ao esporte, ao reforço escolar, ao médico. O mesmo vale para as atividades domésticas em casa.”

 4>> Fim da “ajuda”

“Agora, é importante que as pessoas saiam do ‘padrão de ajuda’. A mulher não precisa de alguém para ajudar. Ela precisa dessa divisão de responsabilidades porque, afinal, são todos adultos dentro da mesma residência. Ela precisa de uma rede de apoio, formada por familiares e amigos.” 

5>> O desafio da mãe puérpera: fique atenta!

“A construção de uma rede de apoio a essa mulher é fundamental principalmente quando ela está iniciando a maternidade, a fase que chamamos de ‘puérpera’. Quando acabou de ter o filho, ela fica com muitos medos e inseguranças, se vai ser uma boa mãe. A rede de apoio é fundamental nesta fase.” 

6>> A mulher em primeiro lugar. Mas como?

“Por fim, é fundamental também a mulher se colocar em primeiro lugar, criando uma rotina em que possa ter, de fato, os seus momentos de mulher. E não só de mãe. É fundamental colocar limites nas relações. Ela também precisa fazer algo que gere prazer e relaxamento, como passear, ter o seu momento íntimo, praticar uma atividade física. São fatores que acabam auxiliando a mulher a cuidar de si, a se colocar em primeiro lugar.”

 7>> Se necessário, busque ajuda

“Se, mesmo assim, observar que ainda existe uma certa dificuldade em lidar com tudo, o suporte de um psicólogo é uma ferramenta interessante.”

 

Ivana Teles

Psicóloga do Sistema Hapvida

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