Secretário justifica mato alto: “falta de contrato emergencial e verbas”
Representantes da Forty Construções e Engenharia, empresa contratada pela Prefeitura, e os secretários Dagoberto Guidi (Obras e Serviços Públicos) e Wagner Marchi (Segurança Pública e Defesa Civil) falaram a respeito da zeladoria urbana (manutenção, conservação e limpeza dos bens municipais de uso comum) e segurança pública em reunião realizada na quinta-feira com a Comissão de Obras e Serviços Públicos da Câmara.
Questionado pelo presidente da Comissão, vereador Helder do Táxi (MDB), sobre o prazo para a empresa e a Prefeitura terminarem a limpeza da cidade, Guidi justificou a situação da cidade com a redução de recursos para enfrentamento da pandemia da Covid-19, as chuvas dos últimos meses e o crescimento habitacional. "Hoje a quantidade de recursos está insuficiente, precisamos achar uma solução de curto prazo para isso", disse.
Outro agravante, esclareceu o secretário, é a vigência de um contrato emergencial para o serviço de zeladoria. Por ser um contrato excepcional, o objeto de execução é mais enxuto, explicou Guidi, em torno de R$ 10,8 milhões por seis meses (até agosto deste ano). Outro contrato emergencial, também de seis meses, foi encerrado em 27 de fevereiro, com o valor aproximado de R$ 12 milhões.
A contratação emergencial se deve aos questionamentos no edital de licitação, já o edital de licitação definitiva para o serviço de zeladoria deve ser publicado nos próximos dias, com a previsão de R$ 42 milhões por ano, apresentou o secretário. "Estamos passando por um momento conturbado por questão de licitação e dotação orçamentária", resumiu. Segundo Guidi, a zeladoria inclui os serviços de capinação e roçagem, tapa buraco, poda e remoção de árvores, varrição, ecopontos e coleta e destinação de resíduos, entre outros.
Representante da Forty, o coordenador-geral André Pellegrini reforçou que os serviços de capina, poda e remoção foram diminuídos por causa do contrato excepcional. Já o diretor de Serviços Públicos, Gabriel Soares, lembrou ainda que no mês de janeiro foi feito o serviço de zeladoria das escolas, por causa da volta às aulas presenciais.
O vereador Waguinho da Santa Luzia (Cidadania) defendeu que a redução de caixa para a Forty faz com que a empresa não consiga colocar todo o efetivo para o trabalho. "Ficou claro que não se pode alegar que os problemas que estamos tendo com a zeladoria são somente por causa do período de chuvas, mas sim porque houve uma diminuição no contrato emergencial com a empresa, afetando a prestação do serviço à população.", criticou.
Em resposta ao vereador Ceará (Republicanos) sobre a quantidade de equipes e a divisão de trabalho, Pellegrini explicou que são seis equipes atuando na cidade, com oito ou nove funcionários cada, das quais uma destinada para praças e jardins, outra para escolas municipais e quatro para serviços externos em geral. Segundo o diretor Gabriel Soares, o município é dividido em 26 regiões e as demandas são executadas com base nas solicitações dos munícipes pelo canal 156 e nos apontamentos dos vereadores. Pellegrini, por sua vez, disse que a empresa Forty só executa os serviços solicitados e autorizados pela Prefeitura.
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