Passarela: ausência do prefeito é questionada durante reunião
A reivindicação para a construção da passarela no Km 131 da Rodovia Anhanguera, na região do Bairro dos Lopes, também foi abordada durante a reunião extraordinária da Comissão de Obras e Serviços Públicos da Câmara, ontem. A moradora Marlene Crepaldi destacou o número de atropelamentos na via, sendo 26 vítimas, das quais 17 fatais e apresentou um vídeo com as imagens do fluxo de veículos na rodovia destacando a dificuldade de atravessar a via para todas as pessoas, principalmente para pessoas com mobilidade reduzida.
"Mesmo com todas essas dificuldades e perigos por que as pessoas atravessam as pistas? Porque tem gente que mora lá desde antes da construção da rodovia ou da concessão, para ir até pontos de ônibus, postos de saúde, escolas e até a zona eleitoral", questionou. A moradora lembrou que antes da concessão havia três passarelas no local. "E, após 23 anos de concessão, temos as mesmas três passarelas, e o movimento não aumentou? Não estamos mais pedindo, estamos exigindo", discursou.
O deputado Murilo Félix agradeceu a presença dos secretários municipais Daniel de Campos, Jurídico; Rodrigo Oliveira, de Mobilidade Urbana, e Dagoberto Guidi, de Obras e Serviços Públicos, porém, criticou a ausência do prefeito. “Conversei com o governador de São Paulo, João Doria, com o vice-governador Rodrigo Garcia e com o presidente da Alesp, Carlão Pignatari e com anuência das partes represento aqui a Assembleia Legislativa de São Paulo. Tudo que era para ser tratado com o secretário, já foi feito na última reunião. Não acho justo tratar de um assunto sem a convocação de todas as partes e em particular jogar a culpa nos outros e não participar de fato das reuniões oficiais. Não posso somar sozinho, não há como. O Mario pode justificar o fato dele não vir aqui hoje, mas faltou empatia por parte do prefeito”, destaca.
Representando o deputado Miguel Lombardi (PL), Ademir Cintra destacou que é hora de unir forças para a construção da passarela. “Desde 2006 começamos essa luta e foram dezenas de reuniões na Artesp e sempre um jogando a culpa no outro. É hora de unirmos forças e voltar a cobrar o Governo do Estado e todos os órgãos competentes. Estamos dispostos, junto ao deputado Murilo, de aportar recursos para a construção da passarela e estaremos à disposição”, disse.
O secretário de Mobilidade Urbana, Rodrigo Oliveira, apresentou histórico de solicitações da Prefeitura para a construção da travessia e destacou que a responsabilidade das obras da passarela é da concessionária Autoban e da Artesp. Segundo ele, um estudo vem sendo elaborado para obrigar a construção da passagem na renovação do contrato de concessão. Ele afirmou ainda que essa é uma preocupação do prefeito, mas que “nada pode ser feito sem autorização da Autoban e da Artesp”.
O vereador Ceará falou que o povo está insatisfeito e busca apenas solução para o problema. "E é com isso que essa Comissão tem que se agarrar, e vamos estar presentes nessa reunião, pois essa novela tem que acabar", afirmou. Já o secretário de Assuntos Jurídicos, Daniel de Campos, relatou que todas as administrações municipais passaram por esse problema. "Nenhum prefeito tem o poder de fazer essa passarela", disse, completando que parlamentares também não têm essa atribuição. Ele ainda salientou o descaso dos governos estadual e federal.
Murilo fez publicamente o convite para todos os presentes e para o prefeito participar de mais uma reunião que agendou com a Artesp no próximo dia 8 para tratar de todas demandas da cidade que envolvam o órgão, inclusive o pedido da construção de acesso no Km 151. "Sobre os problemas envolvendo a dificuldade dessa luta antiga nós sabemos e estou aqui para lutar pelas soluções. Mas o líder da cidade precisa participar para tomarmos decisões. Se a exigência de construção da passarela na Estrada dos Lopes não está no contrato com a AutoBan, vamos lutar de outras maneiras, somando recursos meus como deputado estadual, do nosso deputado federal Miguel Lombardi e da Prefeitura, que destinou R$ 5,5 milhões para a empresa de ônibus e alegou que sobra dinheiro da Educação.
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