Ômicron se espalha mais rápido que a Sars-CoV-2, alerta a Anvisa
As primeiras observações do cenário internacional, no momento, indicam que a variante Ômicron provavelmente se espalhará mais facilmente do que o vírus Sars-CoV-2 originário de Wuhan, na China. O alerta é da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que esclareceu as principais dúvidas sobre a nova variante da Covid-19. Em Limeira, a Secretaria de Saúde investiga o primeiro caso suspeito da Ômicron na região. O protocolo foi aberto por conta da passagem da mulher, de 40 anos, na África do Sul, no dia 1º. Ela segue sendo acompanhada e em isolamento.
“A facilidade com que essa variante se espalha, em comparação com a Delta, por enquanto é desconhecida, mas é preciso ficar alerta aos relatos de que uma pessoa com infecção pela Ômicron pode espalhar o vírus para outras pessoas, mesmo se elas forem vacinadas ou não apresentarem sintomas”, destaca.
Segundo a Agência, são necessários mais dados para saber se as infecções pela variante Ômicron causam doenças mais graves ou morte do que a infecção por outras variantes, especialmente se haverá reinfecções e infecções emergentes em pessoas totalmente vacinadas. A Anvisa já solicitou aos desenvolvedores das vacinas contra a Covid-19 que são aplicadas no Brasil que avaliem o impacto dessa variante na eficácia dos seus imunobiológicos. “A princípio, acredita-se que as vacinas atuais devem proteger contra doenças graves, hospitalizações e mortes devido à infecção pela variante Ômicron, o que ressalta ainda mais a importância da vacinação completa e da dose de reforço, especialmente para os mais vulneráveis, como idosos, indígenas, imunocomprometidos, pessoas com comorbidades e profissionais de saúde”, explica.
As vacinas continuam a ser a melhor medida de saúde pública para proteger as pessoas da Covid-19, reduzindo a transmissão e a probabilidade do surgimento de novas variantes. As vacinas contra Covid-19 são eficazes na prevenção de doenças graves, hospitalizações e morte. Sobre os medicamentos, a Anvisa está acompanhando as discussões internacionais sobre esse tema, especialmente em relação aos anticorpos monoclonais autorizados pela Agência. “Os cientistas estão trabalhando para determinar o quão bem os tratamentos existentes para Covid-19 funcionam. A princípio, alguns tratamentos provavelmente permanecerão eficazes, enquanto outros podem ser menos eficazes”, disse.
A Anvisa continua a recomendar o uso de máscara, independentemente do estado de vacinação. “Até que se saiba mais sobre o risco da Ômicron, é importante usar todas as ferramentas disponíveis para proteger as pessoas”. Para melhor proteger a saúde pública, a Anvisa ressalta a importância da ampliação da testagem e da vigilância genômica para rastrear variantes do Sars-CoV-2.
Alerta
“Até que saibamos mais sobre o risco da Ômicron, é importante termos tranquilidade e usarmos todas as ferramentas disponíveis para a proteção individual e coletiva. Reafirmamos a importância da vacinação e da utilização de medidas não farmacológicas (uso de máscara, distanciamento social e higienização das mãos). É importante lembrar que a Covid-19 se espalha através do contato próximo com pessoas que têm o vírus. Assim, pessoas com o vírus podem transmiti-lo mesmo que não apresentem sintomas”, afirma.
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