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Limeira registra alta na taxa de mortalidade infantil

A Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE) divulgou os índices de mortalidade infantil em 2020. Na contramão do estado, que apresentou a menor taxa histórica em duas décadas, Limeira apresentou uma taxa de 12,61 por mil habitantes, sendo a maior desde 2001 na cidade.

Os dados revelam 42 óbitos infantis no ano passado, sendo 15 mortes em neonatal precoce (até o sexto dia de vida), 9 mortes neonatal tardia (entre uma semana e um mês de vida) e 18 óbitos pós-neonatal (de 28 a 364 dias). Em 2019, foram 36 óbitos, com taxa de 10,37, sendo 15 mortes neonatal precoce, 5 neonatal tardia e 16 pós-neonatal.

Mais da metade dos índices de mortes infantis estão relacionadas a doenças originadas no período perinatal (entre 22 semanas de gestação até os 7 dias após o nascimento do bebê), malformações congênitas; doenças infecciosas e parasitárias, e do aparelho respiratório.

No âmbito estadual, São Paulo teve a menor taxa de mortalidade infantil da história em 2020. Pela primeira vez, a taxa alcançou o patamar de um dígito, chegando a 9,75 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos.

Nas últimas duas décadas, o estado registrou uma queda de 42,6%. Em 2000, a taxa era de 17 por mil nascidos vivos. Os dados são da publicação anual realizado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE).

Mortalidade infantil está ligada ao pré-natal e assistência ao parto

A médica Karoline Bignotto, destaca os fatores ligados aos óbitos

Médicos entrevistados pela Gazeta reforçam que os principais fatores de óbitos nos primeiros dias de vida estão ligados a assistência pré-natal, prematuridade, infecções e má formação congênita. “O acompanhamento nos primeiros meses de vida, de 0 à 2 anos, é um período fundamental para o desenvolvimento da criança que é onde surgem os principais riscos à saúde, como a desnutrição, infecções. Porém antes disso, é importante destacar que a assistência pré-natal precisa ser muito vigiada, qualquer óbito fetal será investigado para saber quais foram as causas da morte”, disse Karoline Baruque Bignotto, Médica de Família e Comunidade.

A médica Bruna Zanetti também enfatiza que a mortalidade infantil está ligada à assistência ao parto. “Em casos de óbitos neonatais e tardias, a má formação congênita e o baixo peso estão entre os principais fatores, assim como a prematuridade e o risco maior de infecções”, disse.  Em fatores ligados à mãe, ela aponta gestações de mães acima de 35 anos, gestação múltipla, pré-natal inadequado e parto-cesáreo.

 

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