Black Friday traz otimismo ao comércio de Limeira
A Black Friday, data de promoções e descontos no comércio, foi importada dos Estados Unidos ganhando uma adesão significativa dos lojistas e grandes varejos. Em Limeira, a data já se tornou uma das mais aguardadas para quem deseja realizar novas compras. Este ano, o dia especial ocorrerá amanhã, e, mesmo em meio à crise econômica, a data pode oferecer oportunidades aos consumidores e vendas positivas aos comerciantes.
A perspectiva é da ACIL (Associação Comercial e Industrial de Limeira) que já notou uma grande adesão por parte do comércio limeirense. “A data vem se consolidando nos últimos anos e já funciona como um termômetro para as vendas de Natal”, disse o presidente da associação, José Mario Bozza Gazzeta.
Na contramão de outras datas comemorativas do ano passado, afetadas pela quarentena da pandemia do coronavírus, a Black Friday apresentou índices positivos ao comércio limeirense. “Com menos restrições de circulação, os consumidores aproveitaram a data e os descontos oferecidos pelo comércio. Foi um faturamento expressivo aos lojistas, já que o setor foi um dos mais afetados pela pandemia”, explica.
Com o sucesso estrondoso da data no ano passado, registrando 30% de aumento nas vendas, a expectativa deste ano é manter os índices. “Mesmo com o avanço da vacinação e uma circulação ainda maior de consumidores no comércio, muita gente ainda está receosa devido a inflação e o aumento de alguns itens, por isso o valor de compra pode ser estável, mas estamos confiantes em movimentar a economia local”, afirma.
O presidente da entidade destaca ainda que os consumidores estão mais exigentes e que já comparam os preços de lojas físicas com produtos na internet. “O e-commerce obteve índices astronômicos de vendas e com a pandemia, a facilidade e a segurança das compras online, se tornou uma grande opção aos consumidores. Os lojistas precisam se adequar a essa nova realidade e oferecer atrativos para garantir sucesso nas vendas”, orienta.
84% dos consumidores planejam consumir na Black Friday
A Pesquisa da BARE International, fornecedora independente de dados e análise de experiência do cliente, revela que 84% dos brasileiros pretendem comprar no período, sendo 83% pelo canal online. Apenas 10% planejam consumir nas lojas físicas e outros 7% realizarão a compra de forma híbrida: fechando o pedido pela internet, mas retirando no estabelecimento.
Eletrodomésticos, celulares e vestuário estão entre as categorias mais desejadas pelos consumidores durante o evento deste ano. Da amostra disposta a consumir no período, 7% pretendem gastar até R$100. Outros 18%, entre R$100 e R$200; e 23%, de R$200 a R$499. Os demais 52% planejam desembolsar mais de R$500.
Dos 16% que não pretendem consumir na Black Friday, 26% não acreditam na campanha, enquanto 74% declaram que não comprarão nada por conta da situação financeira ruim. Desta parcela que não pretende comprar, muitos alegam que tiveram experiências traumáticas em anos passados: 51% já se sentiram enganados por alguma razão durante o evento. Outros 26% nunca compraram no período e 23% nunca se sentiram lesados.
O percentual que não bota fé nas promoções é bem alto entre os 16% dos entrevistados que não pretendem comprar em 2021: 71% deles apontam a Black Friday como uma fraude, o que inclui os já citados 26% que suspeitam da veracidade das promoções, mais uma parte considerável dos que apontaram a condição financeira como motivo primário.
O restante (29%) acredita que as promoções deste período realmente existem. “Percebemos que se trata de uma data que ainda inibe o consumo de algumas pessoas por conta de fraudes e golpes aplicados”, diz a gerente geral da BARE International no Brasil, Tânia Alves.
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